Minuto Mercado
30/11/2021

O DESÂNIMO APÓS DISCURSO DA MODERNA DEVE ATINGIR O MERCADO LOCAL
3 minute readDÓLAR ABRE A R$ 5,6030. Fica no radar a votação da PEC dos Precatórios na CCJ e no plenário do Senado e a participação do Roberto Campos Neto, presidente do BC, em eventos. Alguns indicadores também são esperados, como a taxa de desemprego no trimestre até setembro e o Caged de outubro. Lá fora, Jerome Powell, presidente do Fed, e secretária do Tesouro, Janet Yellen, serão testemunhas no Comitê Bancário do Senado.
Os mercados novamente se recuam após fala de Stéphane Bancel, CEO da Farmacêutica Moderna, que previu que as vacinas existentes serão muito menos eficazes no combate à nova cepa de coronavírus do que as anteriores. E os alertas não param por aí, ontem, o chairman do Fed disse que o novo cenário da pandemia pode apresentar riscos aos EUA. Porém, Powell afirmou que fará de tudo para apoiar a economia, alavancando o mercado de trabalho, além de tentar evitar que a inflação se estabeleça no país. Nem mesmo a alta do PIB francês para perto do nível pré-pandemia, o avanço do PIB italiano e a expansão do PMI Industrial chinês animam os mercados.
O desânimo internacional devido a nova CEPA deve contaminar os ativos do Brasil no último pregão de novembro, podendo fazer que o Ibovespa feche em queda pelo quinto mês seguido. Entretanto, se a PEC dos Precatórios for aprovada no Senado pode trazer algum fôlego, assim como os indicadores de emprego que sairão hoje - Pnad Contínua e Caged. O receio é que estes indicadores já saiam defasados à medida que o mundo se depara com novas preocupações a respeito da pandemia, que tende afetar a recuperação econômica. No Brasil, já há novos relatos de pessoas que estavam fora do País e que testaram positivo para covid-19 nos últimos dias. No câmbio, o dólar teve mais dificuldade de comprar o alívio, sem segurança sobre a aprovação com placar apertado. É verdade que o dólar subiu pouco (+0,25%) e respeitou o limite do range, cotado a R$ 5,6097. Mas não escondeu que opera em clima de suspense pela votação em Brasília, um risco que o mercado não vê a hora de tirar da frente. A cautela com os ruídos fiscais levou o real a ficar de fora da recuperação da maioria das moedas emergentes, no dia mais leve lá fora, depois da turbulência da semana passada. Na máxima do dia, o dólar tocou R$ 5,6397.
Congresso aprova e mantém orçamento secreto. Resumindo, os recursos poderão superar R$ 16 bilhões no ano eleitoral e 2022. O novo Refis está sendo usado como moeda de troca para a aprovação da PEC dos Precatórios.