DÓLAR ABRE A R$ 5.6435. A disseminação da ômicron, nova cepa da covid, continua em alerta e sendo acompanhada pelos mercados nesta quarta-feira. Está previsto na agenda dos Estados Unidos os dados de vendas pendentes de imóveis e no Brasil o IGP-M de dezembro e os dados do governo central de novembro. Tem também o leilão da Cedae para concessão da prestação dos serviços de água e esgoto do Bloco 3, no Rio e uma assembleia com várias categorias de servidores públicos para discutir e definir os próximos passos da mobilização por aumento salarial.

Os índices futuros de Nova York e a maioria das bolsas na Europa operam em discreta alta. Os investidores continuam preocupados com a disseminação da variante ômicron do coronavírus em vários países pelo mundo, principalmente no Velho Continente, que devido ao aumento nos casos decretou medidas para tentar conter a propagação. O que ainda traz um alívio é que nenhuma cidade adotou lockdowns totais. O petróleo tem sinais mistos e próximos da estabilidade. Segundo o banco Mizuho, a tendência é de que a demanda sustente forte recuperação da commodity em 2022 diminuindo os estoques. Na China, as bolsas tiveram queda, mesmo após o Banco do Povo da China (PBoC) aumentar a injeção de liquidez de curto prazo no sistema bancário nos últimos dois dias.

Os mercados devem continuar com liquidez reduzida e suscetíveis às oscilações dos ativos internacionais. Já o IGP-M de novembro tende a orientar os ajustes nos juros na abertura dos negócios, enquanto o resultado do Governo Central de novembro deve repercutir à tarde. É esperado superávit na margem e se a previsão for confirmada será o primeiro mês positivo desde 2017. As assembleias de servidores públicos por reajuste salarial ficam no radar, enquanto a ausência dos auditores fiscais interfere negativamente nas operações de comércio exterior. Na Bolsa, o leilão da Cedae e à terceira prévia da carteira do Ibovespa válida para o período de janeiro a abril de 2022 deve chamar a atenção dos investidores. No câmbio, o comportamento pouco chamou a atenção na segunda metade dos negócios e o dólar comercial fechou praticamente estável (+0,02%) no mercado à vista, cotado a R$ 5,6401. Mais cedo, a moeda americana exibiu alta mais firme, até R$ 5,6620 na máxima intraday, longe da marca de R$ 5,70.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse ontem que a Casa vai discutir um fundo específico para casos de catástrofes, após reunião de emergência com parlamentares da Bahia. Principalmente porque houve corte nas verbas para a Defesa Civil no Orçamento de 2022.