Minuto Mercado

SEMANA 27/06 a 01/07

3 minute read

Os principais acontecimentos da semana que poderão influenciar a cotação do dólar de acordo com nossa consultoria econômica externa:

  • Encomendas de bens duráveis e de Capital EUA - maio (segunda 15h)
    estimativa duráveis ex-transportes: 0,4% no mês
    Dado deve mostrar estabilidade da atividade industrial americana em maio em relação a abril (surpresa para cima tende a favorecer o fortalecimento do dólar);
  • Confiança do consumidor Conference Board EUA (terça 11h)
    estimativa:
    100
    É esperada nova queda na confiança do consumidor americano tendo em vista o avanço da inflação;
  • Resultado primário do governo central – maio (quarta)
    Dado continuará refletindo bom momento das contas públicas por conta da inflação, alta de commodities e recuperação da atividade; além do efeito do efeito do teto de gastos sobre o controle das despesas. Surpresas para cima tendem a favorecer a moeda brasileira.
  • PCE EUA (quinta 9h30)
    estimativa do núcleo de inflação:
    0,4% no mês
    Dado deve mostrar inflação americana ainda pressionada, disseminada e incompatível com meta do FED (surpresa para cima tende a favorecer o fortalecimento do dólar)
  • Balança comercial brasileira (sexta 15h)
    estimativa:
    US$ 10 bilhões no mês
    Dados fortes de exportações e saldo comercial na margem tendem a favorecer o real brasileiro.

O ambiente global segue bastante volátil dado o temor de desaceleração da atividade econômica e aperto da política monetária em países centrais. Ademais, a mudança do FOMC para ação e discurso mais duros contra a inflação tende a fortalecer o dólar de forma estrutural, ainda que sujeita a oscilações de curto prazo. As tensões da guerra na Ucrânia imprimem maior complexidade e incerteza ao cenário.

Em relação à moeda brasileira, o driver dominante no curto prazo continua sendo a elevação do risco fiscal, razão pela qual vislumbramos uma pior performance relativa do real e tendência de depreciação nos próximos dias. A reação do governo à queda nas pesquisas eleitorais com medidas populistas de ampliação de gastos fora do teto gera desconfiança e perda de credibilidade nas regras fiscais.

Porém, ainda assim, continuamos vislumbrando o Brasil em situação relativa mais favorável no médio prazo dentro desse contexto externo e interno desafiadores por conta:

  1. dos ganhos de termos de troca
  2. das surpresas positivas com atividade econômica (em momento que o mundo desacelera) e
  3.  juros internos mais elevados e já bastante restritivos