Minuto Mercado
26/11/2021

CAUTELA GLOBAL É IMPOSTA PELA NOVA VARIANTE DA COVID
3 minute readDÓLAR ABRE A R$ 5,5671. Nesta sexta-feira, nova variante da covid-19, localizada na África do Sul, impõe cautela global em dia de agenda fraca. Os negócios fecham mais cedo, ainda por causa do feriado de ontem, do Dia de Ação de Graças. Presidentes dos bancos centrais do Brasil, Roberto Campos Neto, Europeu (BCE), Christine Lagarde, e da Inglaterra (BoE), Andrew Bailey ficam no radar diante do aumento das preocupações com o impacto da inflação e das políticas de aperto monetário na atividade global. No Brasil, o indicador do dia é a nota de crédito de outubro.
As ações no mundo têm quedas relevantes nesta sexta-feira, enquanto os juros dos Treasuries e o índice DXY, que compara o dólar ante seis moedas fortes, tem queda diante da aversão ao risco. "Embora não esteja claro quão transmissível é essa nova cepa do vírus, uma preocupação chave é que ela pode ter um perfil de mutação que torna as vacinas menos eficazes", adverte o Danske Bank. Na Ásia, as bolsas tiveram quedas, com destaque para ações de transporte ferroviário e aéreo e de bancos na região. O petróleo tem queda ao redor de 6%.
Os mercados locais devem receber a influência negativa do exterior, ao mesmo tempo que espera na próxima semana uma solução na Câmara para o Auxílio Brasil, com o aumento no teto de gastos, prevista na PEC dos precatórios. O partido PSD que tem a segunda maior bancada da Casa, articula para adiar a votação e votar contra se não houver alterações no texto. A desaceleração do IPCA-15 trouxe alívio geral nos mercados ontem, mas o presidente do Banco Central fica no radar diante da nova variante encontrada. No câmbio, a perspectiva de um Fed mais hawkish também tende a limitar o espaço de queda do dólar, que deve continuar oscilando no range de R$ 5,50 a R$ 5,60, segundo analistas. Ontem, terminou em baixa de 0,53%, cotado a R$ 5,5650.
Está prevista uma nova agenda para votar o projeto de resolução que regulamenta o orçamento secreto na próxima semana. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que responsabilizava o ICMS de governadores e a política de preços e lucros da Petrobras pelas altas nos preços dos combustíveis, agora culpa as políticas adotadas pela estatal nos governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).