Minuto Mercado
26/10/2021

EXTERIOR COM FÔLEGO E LOCAL AGUARDANDO O IPC- E BALANÇOS
3 minute readDÓLAR ABRE A R$ 5.5510. A última semana do mês reserva vários indicadores importantes, destacando a decisão de juros do Copom e a votação da PEC dos precatórios. Na economia, os dados do mercado de trabalho e de inflação - IPCA-15 e IGP-M mensal e balanços trimestrais da Petrobras, Vale e Ambev ficam no radar. Na CPI da Covid, o relatório final do senador Renan Calheiros (MDB-AL) deve pedir o indiciamento do presidente Jair Bolsonaro por nove crimes. No exterior, os balanços das gigantes de tecnologia Apple, Amazon, Microsoft, Facebook e Twitter devem influenciar as bolsas. Terá também a primeira estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre dos EUA, zona do euro, Alemanha e França, a decisão de política monetária do Banco Central Europeu, e o índice PCE dos EUA - medida de inflação de referência usada pelo Federal Reserve.
Os bolsas europeias e futuros de Nova York seguem sem unanimidade, enquanto os juros dos Treasuries longos e o índice DXY tem alta, após a divulgação dos resultados do HSBC serem melhores que o esperado, investidores aguardam por demais balanços corporativos, levando em consideração que o índice de confiança das empresas na Alemanha foram piores que o previsto. O aumento do preço da gasolina nos EUA pressiona a inflação e há probabilidade por um acordo sobre o orçamento do governo Biden ainda nesta semana. Na China, uma nova onda de covid-19 impõe sinal de alerta e para limitar a especulação imobiliária, o governo adotou um projeto-piloto de imposto imobiliário por cinco anos em algumas cidades.
O Copom na quarta-feira deve indicar um novo reajuste dos ativos financeiros, após forte alta de juros, dólar e a queda da Bolsa influenciados pela mudança do teto de gastos, que por contrariar o projeto do governo parte da equipe econômica pediu demissão na última semana. Paulo Guedes voltou a indicar que está nos planos de reeleição do presidente. Devido a intenção do Planalto de ampliar os gastos públicos, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, será acompanhado de perto. No câmbio, o dólar terminou o dia em baixa de 0,71%, a R$ 5,6273, próximo da mínima (R$ 5,6223) e longe da máxima intraday de R$ 5,7545. Apesar de ter quebrado a espiral de alta na sexta, ainda subiu 3,16% na semana passada. Volatilidade extra está contratada para o câmbio nos próximos dias, não só por Brasília, mas pela briga da ptax de outubro na sexta. Para hoje, estão programados os leilões de swap (US$ 750 mi, 11h30) e overhedge (US$ 700 mi, 10h30).
Após investigação, pelo menos 30 parlamentares estão sob suspeita de superfaturamento nas compras de tratores e máquinas agrícolas. A expectativa de que Rosa Weber, Supremo Tribunal Federal (STF), coloque um ponto final nas emendas de relator-geral, principal pilar do castelo de cartas de Jair Bolsonaro no Legislativo e do orçamento secreto.