DÓLAR ABRE A R$ 5.2221. Hoje deve repercutir no mercado externo a ata da última reunião da política monetária do Banco Central Europeu (BCE) além dos pedidos semanais de auxílio desemprego nos Estados Unidos e do PIB do segundo trimestre. No local, a atenção vai para o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) de julho, a expectativa é que o saldo seja positivo. Tem também leilão de títulos prefixados e LFT. O Conselho Monetário Nacional (CMN) tem encontro marcado para hoje à tarde. O julgamento sobre a lei de autonomia ao Banco Central será reiniciado nesta quinta-feira pelo Supremo Tribunal Federal (STF) depois de ter o placar empatado.

As bolsas europeias e os índices futuros de Nova York têm queda, enquanto Dow Jones leve alta. Devido à piora da confiança do consumidor alemão os juros dos Treasuries e o índice DXY do dólar ante principais moedas sobem. A ata do Banco Central Europeu (BCE) e dados dos EUA também ficam no radar. Na Ásia, as bolsas também tiveram queda, devido à alta de juros pelo Banco Central da Coreia do Sul (conhecido como BoK), foi o primeiro Banco Central da região a começar a extinguir os estímulos adotados em função da pandemia de covid-19.

Mercado externo mais pesado deve impactar na Bolsa e no dólar, com perspectiva de pressão inflacionária, devido à crise hídrica. Os investidores acompanham a saga do pagamento de quase R$ 90 bilhões em 2022 dos precatórios pelo governo e a reforma do imposto de renda. A crise hídrica já vem afetando a economia influenciando o aumento da inflação. Após bater a máxima de R$ 5,2708, o dólar saiu devolvendo os ganhos ainda pela manhã e não voltou a subir mais. Fechou em queda de 0,97%, cotado a R$ 5,2113 no mercado à vista, zerando a alta do mês (+0,03%). No câmbio futuro, o contrato da moeda para setembro registrou desvalorização de 0,75%, para R$ 5,2175. A virada do dólar no exterior ajudou a derrubar a cotação aqui, que ampliou a queda com os dados das contas externas, arrecadação e fluxo cambial. O câmbio reagiu ainda à perspectiva de a Selic alta atrair capital estrangeiro.

Rodrigo Pacheco (DEM-MG) anunciou nesta quarta-feira a rejeição e arquivamento do pedido de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes feito pelo presidente da República, Jair Bolsonaro. O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, disse que excluir os precatórios do teto de gastos é desastroso e pediu que o governo atue com um planejamento orçamentário “realista”, porque o tribunal tem objeção em aprovar cenários cujas leis ainda não foram aprovadas.