DÓLAR ABRE A R$ 5.2466. Mercado local divulga os indicadores do IPCA-15 de agosto e do setor externo de julho, além da arrecadação. Discursos de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, e Bruno Funchal, secretário especial do Tesouro e Orçamento, ficam na pauta, mesmo após Arthur Lira, presidente da Câmara, afirmar que há responsabilidade fiscal, as incertezas continuam. O STF retoma julgamento sobre a autonomia do BC. No exterior, investidores continuam aguardando indícios do Fed sobre a política monetária dos EUA.

Os índices futuros das bolsas de Nova York operam em alta ao passo que as bolsas europeias estão sem direção única nesta manhã, isto se deve após divulgação dos números de confiança do setor empresarial alemão não serem tão animadores e à espera de evento do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) que pode trazer sinais sobre a expectativa da política monetária dos Estados Unidos.

Houve melhora ontem no mercado e deve continuar após compromisso de Arthur Lira com a responsabilidade fiscal, sem deixar de acompanhar o cenário político.  Sem consenso para aprovar o texto da reforma do IR que ajudaria as bases fiscais para a aumentar os gastos com o Bolsa Família (Auxílio Brasil), o governo procura saídas para cumprir as exigências da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) para poder implantar o novo programa social. O dólar não economizou na queda (-2,23%), fechando a R$ 5,2622, bem longe da máxima intraday de R$ 5,3643. O recuo foi tão acentuado, que a alta acumulada pela moeda americana neste mês se reduziu a 1%. No câmbio futuro, o contrato de dólar para setembro também fechou em baixa importante (-2,43%), a R$ 5,2570.

O Senado aprovou ontem a permanência do procurador-geral da República, Augusto Aras, por mais dois anos na liderança do Ministério Público Federal. Bolsonaro voltou a criticar o Supremo Tribunal Federal (STF) em relação a ações do Judiciário. Neste mês, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, autorizou a inclusão de Bolsonaro no inquérito que investiga a disseminação de fake news.