Os principais acontecimentos da semana que poderão influenciar a cotação do dólar de acordo com nossa consultoria econômica externa:

ü  BALANÇA COMERCIAL BRASILEIRA - PARCIAL JULHO (segunda 15h)
dados fortes de exportações e saldo devem colaborar para boa performance do real;

ü  IPCA-15 – JULHO (terça 9h)
estimativa: 0,13% no mês
a redução dos impostos dos combustíveis contribui para índice mais fraco, porém inflação de serviços seguirá resiliente;

ü  DECISÃO DE TAXA DE JUROS FOMC - EUA (quarta 15h)
estimativa: 2,25% no mês
desaceleração da atividade nos EUA e redução das expectativas de inflação ao consumidor devem contribuir para alta de 75 pontos em julho, apesar do CPI mais elevado;

ü  PIB EUA – SEGUNDO TRIMESTRE (quinta 9h30)
estimativa: 0,40% trimestral anualizado
surpresas para baixo na atividade americana tendem a enfraquecer o dólar;

ü  PCE EUA – junho (sexta 9h30)
estimativa: 0,90% no mês
surpresas para cima na inflação tendem a fortalecer o dólar, pelo diferencial de juros, pois os juros de mercado tendem a subir.

O ambiente global segue bastante volátil dado o temor de desaceleração da atividade econômica e aperto da política monetária em países centrais. O temor de uma recessão nos EUA e Europa tende a gerar movimento de aversão ao risco e elevação da volatilidade. Ademais, as tensões da guerra na Ucrânia e novos surtos de Covid-19 na China imprimem maior complexidade e incerteza ao cenário. 

Em relação à moeda brasileira, além do driver externo mais incerto, a elevação do risco fiscal tendo em vista os gastos extras com programas sociais contribui para tendência de depreciação do real. Ademais, a tensão entre os poderes executivo e judiciário persiste elevada e contribui para elevação do risco político.

A queda dos termos de troca nas últimas semanas (juntamente com a queda de preços de commodities que retornaram ao patamar pré-guerra) e forte elevação dos prêmios de risco conferem ao cenário de médio prazo uma taxa de câmbio de equilíbrio de patamar mais elevado.