Minuto Mercado

CRISE INTERNA DIRECIONAM MERCADOS LOCAIS EM MANHÃ DE EXTERIOR MORNO

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DÓLAR ABRE A R$ 5,3819. Mercados locais devem se adaptar a exterior morno nesta manhã de olho nos riscos fiscais da PEC dos precatórios e na nova tentativa de votação do projeto do Imposto de Renda, na Câmara dos Deputados. O leilão de NTN-B do Tesouro deve movimentar também os juros futuros. O debate de Augusto Aras, procurador-geral da República, no Senado, fica no radar em meio à crise institucional que impulsiona a desconfiança dos investidores sobre o País.

Dólar, índices futuros das bolsas de Nova York e os juros dos Treasuries operam em alta, refletindo a autorização da vacina da Pfizer em parceria com a BioNTech pelo FDA. Os olhares também se voltam para o simpósio anual do Fed, banco central dos EUA, que ocorrerá no fim da semana, devido o indício em ata do Fed que poderá começar a reduzir suas compras de ativos antes do fim do ano. Na Europa, as bolsas estão mistas, após ganhos nos dois últimos pregões, e depois de nove meses o euro está próximo de seu menor nível em nove meses em relação ao dólara expectativa é que zona do euro mantenha juros baixos e apresente recuperação econômica mais baixa do que os EUA.

Se os sinais positivos em Nova York e a alta do petróleo persistirem podem beneficiar a Ibovespa, após as perdas fortes de ontem. O que está pesando são os problemas fiscais e político institucional do País, ainda mais se o projeto de reforma do imposto de renda entrar na pauta de votações da Câmara. Ontem à noite, Paulo Guedes, ministro da Economia, reconheceu que o ambiente de antecipação das eleições prejudica a economia, mas disse que “nenhum fundamento indica que o País está fora do controle”. No câmbio, o dólar desperdiçou a forte queda em escala global, associada à percepção de que o tapering nos EUA pode ficar para depois. Sob o barulho em Brasília, a moeda se protegeu na estabilidade (-0,05%, R$ 5,3820). Mas o dia foi de alta volatilidade e o mercado não demorou para zerar a queda da abertura, ignorando o alívio externo. O dólar tocou R$ 5,4022 (+0,32%) na máxima intraday, antes de testar alguma acomodação no final do dia.

A CCJ debate nesta terça-feira a ampliação do mandato para mais dois anos no cargo de   Augusto Aras, procurador-geral da República.  O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou, ontem o arquivamento da notícia-crime apresentada pelos senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Fabiano Contarato (Rede-ES) contra o procurador-geral, pelo suposto crime de prevaricação. Está mantida pela ministra Cármen Lúcia, do STF, a decisão que autoriza as quebras de sigilos telefônico, fiscal, bancário e telemático do deputado Ricardo Barros (Progressistas-PR), líder do governo na Câmara.

 

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