DÓLAR ABRE A R$ 4.8343. A guerra iniciou há um mês e não tem sinal de fim. Hoje o encontro do Conselho Europeu formado pelos chefes de Estado e de governo da União Europeia com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, deve ter como pauta o conflito, a crise energética na Europa, a posição da China no conflito e sanções coordenadas à Rússia. Além disso, a Organização do Tratado do Atlântico (Otan) e líderes do G7 ficam no radar, em Bruxelas. Os bancos centrais da África do Sul e do México divulgam decisões de política monetária. Na agenda local, o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) do primeiro trimestre deste ano e a entrevista do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, no radar dos investidores.

As bolsas europeias operam sem direção única nesta manhã, enquanto os índices futuros de Nova York seguem em alta, após quedas registradas ontem, com investidores atentos aos desdobramentos das reuniões de líderes do G7 e da OTAN sobre a guerra Ucrânia-Rússia. O euro e a libra têm queda frente ao dólar também. Os PMIs da Alemanha, Reino Unido e Zona do Euro estão melhores do que o esperado pelos analistas internacionais. Na Rússia, a Bolsa de Moscou reabriu parcialmente em forte alta nesta quinta-feira, após ficar suspensa por um mês.

A volatilidade dos mercados internacionais impacta os ativos financeiros locais. E os investidores devem buscar no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) informações do Banco Central (BC) sobre o choque das commodities na alta dos preços na economia como um todo. Na Bolsa e no câmbio, a expectativa é se os investidores estrangeiros continuarão injetando capitais no Brasil, garantindo a permanência do dólar abaixo dos R$ 5,00 e ajudando a içar o Ibovespa. Ontem o real se apreciava à medida que o petróleo subia, que levou o dólar a bater o nível de R$ 4,85 na mínima intraday (R$ 4,8337, -1,66%). Não fechou tão longe do piso nesta quarta-feira. Cotado a R$ 4,8442 (-1,44%), estabeleceu sua menor marca em dois anos, desde o início da pandemia. Em queda há seis pregões seguidos, o dólar acumula baixa de 6,10%. No câmbio futuro, o contrato para abriu caiu 1,82%, a R$ 4,8355.

A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, defendeu ontem que se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vencer as eleições que ele não adote uma âncora fiscal, como acontece hoje com o teto de gastos. Ela pondera que a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) é suficiente para assegurar o equilíbrio fiscal do País.