DÓLAR ABRE A R$ 5.0738. Rússia inicia operação militar contra a Ucrânia e deixa o mundo em alerta, enquanto os investidores acompanham as sinalizações sobre inflação e política monetária pelo FED, além do Banco Central Europeu e Banco da Inglaterra. A agenda local tem indicadores importantes como dados sobre crédito no País, a taxa de desemprego do trimestre e o resultado primário do Governo Central de janeiro, além da entrevista do secretário do Tesouro, Paulo Valle e divulgações de balanços da Ambev e Vale. Nos Estados Unidos, a atenção vai para a prévia do PIB do quarto trimestre.

Vladimir Putin, "declarou guerra à Ucrânia" e a Bolsa de Moscou parou com as negociações em todos os seus mercados "até novo aviso", o rublo caiu ao menor nível da história, de 90,0165 rublo, e o Banco Central russo avisou que fará uma intervenção no mercado de câmbio. O conflito já deixa marcas com os mercados de ações na Europa, os índices futuros de Nova York e os juros dos Treasuries em queda, enquanto o barril do petróleo ultrapassa os US$ 100 e o dólar segue em alta esperando que o governo ucraniano e seus aliados da Otan tenham uma reação mais duro frente ao conflito. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se manifestou dizendo que “Putin escolheu uma guerra que trará perdas catastróficas de vidas e sofrimento humano”. Líderes do G7 se reunirão nesta quinta-feira com intuito de criar severas sanções à Rússia.

O conflito traz volatilidade aos mercados locais e o dólar tende a subir junto com os juros futuros e o Ibovespa tem previsão de queda. Na Bolsa, os resultados trimestrais divulgados por várias empresas ontem à noite devem ajudar a precificar os papeis, principalmente as ações da Petrobras que apresentou lucro e dividendos recordes em 2021. Por fim, o que se temia aconteceu, por falta de unanimidade na aprovação do pacote para reduzir o preço dos combustíveis, o Senado decidiu adiar a votação para o dia 8 de março. O senador Jean Paul Prates (PT-RN), relator do pacote de projetos, defende a criação de uma conta de estabilização de preços indo contra a equipe econômica. No câmbio, mesmo com o conflito entre a Rússia e a Ucrânia, o dólar chegou nos R$ 4,9946, na contramão da alta em escala global. À medida que as agências internacionais começaram a noticiar o risco renovado de uma invasão russa, a moeda americana desacelerou o ritmo de queda, para fechar cotada a R$ 5,0042. Mas ainda caiu bem: 0,95%. No câmbio futuro, o contrato do dólar para março também devolveu bastante: -0,95%, a R$ 5,0150.

O resultado da Pesquisa Modalmais em parceria com a Futura Inteligência, divulgou nesta quarta-feira, 23, um empate técnico entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Bolsonaro nas próximas eleições. Considerando a margem de erro, Bolsonaro venceria. Porém 38% dos entrevistados, o governo Bolsonaro é ruim ou péssimo, enquanto para a maioria Lula é o candidato à Presidência com maior capacidade de retirar o País da crise econômica.