Os principais acontecimentos da semana que poderão influenciar a cotação do dólar de acordo com nossa consultoria econômica externa:

ü  Balança comercial semanal parcial maio (segunda após 18h) 
Dados robustos de exportações e saldo podem favorecer a apreciação da moeda brasileira;

ü  IPCA-15 maio (terça 9h30)
- estimativa: 0,44% no mês
Inflação brasileira deve mostrar efeito máximo da bandeira tarifária verde, mas núcleos e serviços manterão patamar elevado. Prévias dos PMIs Markit de maio da Europa, Reino Unido e EUA (diversos horários): desaceleração global proveniente da guerra e lockdowns na China deve ficar mais evidente, o que pode elevar à aversão ao risco.

ü  Ata do FOMC (quarta 15h)
FED deve explicitar discussões sobre próximos passos da política monetária, em geral, tende a adotar discurso mais duro contra inflação, o que potencializa o fortalecimento do dólar.

ü  CAGED Emprego formal no Brasil abril (quinta)
Surpresa para cima na atividade brasileira tende a fortalecer o real;

ü  PCE EUA de abril (sexta 9h30)
– estimativa: 0,2% no mês 
A descompressão da inflação americana, se confirmada, pode contribuir para enfraquecimento do dólar e fortalecimento do real.

O ambiente global segue bastante volátil com o temor de recessão global dado o aperto mais agressivo da política monetária em países centrais, da piora nas tensões da guerra na Ucrânia e lockdowns na China (ainda que se vislumbre alguma melhora em Shangai).  Porém, ainda assim, continuamos vislumbrando o Brasil em situação relativa mais favorável dentro desse contexto externo desafiador por conta dos:

1)   ganhos de termos de troca,

2)   balança comercial robusta e

3)   juros internos mais elevados e já bastante restritivos.

Ou seja, apesar do cenário externo mais adverso, os fatores mencionados acima tendem a amortecer parte do vetor externo desfavorável, garantindo a manutenção da boa performance relativa para o real.