DÓLAR ABRE A 5.0485. A agenda local traz o IPCA-15 de fevereiro, nota do setor externo, arrecadação federal de janeiro e a possibilidade de votação do pacote para reduzir a tributação dos combustíveis pelo Senado. A divulgação do balanço da Petrobras após o fechamento dos mercados também fica no radar. No exterior, discurso de executiva do Fed será monitorado.

A preocupação de um conflito entre Rússia e Ucrânia fez ontem os mercados acionários caírem e hoje buscam recuperação, enquanto o petróleo cai, após ganhos significativos em sessões anteriores. A Bolsa de Frankfurt está em alta mesmo após o índice GFK de confiança do consumidor da Alemanha apresentar piora. Investidores seguem acompanhando os sinais do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) se realmente os juros começarão a subir a partir de março.

Exterior apresenta melhora e deve influenciar os ativos locais, junto com o IPCA-15 e outros dados da agenda do dia. IPCA-15 ficou em 0,99% em fevereiro, ante 0,58% em janeiro. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reafirmou ontem, que a inflação brasileira está na média dos países emergentes, desconsiderando alimentos e energia. Sobre a redução dos combustíveis, o relator do pacote do combustível no Senado, Jean Paul Prates (PT-RN), disse que vai renunciar à criação de um imposto sobre a exportação de petróleo bruto e garantiu que as duas propostas serão votadas nesta quarta-feira, sem chance de adiamento. Porém, o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse mais cedo que acredita que a votação pode ser novamente adiada.

O agronegócio que apoiou o presidente Jair Bolsonaro na eleição passada, pode não fazer tanta diferença nas eleições deste ano. Uma vez que parte do setor quer alternativas mais plausíveis do governo para o setor. Segundo institutos de pesquisa, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem baixas probabilidades de vencer a próxima eleição em primeiro turno.