DÓLAR ABRE A R$ 5.6637. Agenda com pouco indicadores deixam os investidores atentos a crise política e econômica do governo sobre o volume de recursos fora o teto dos gastos que financiará o auxílio mensal de R$ 400 a 16,9 milhões de famílias até o fim de 2022. A PEC dos Precatórios pode voltar para pauta de hoje, após as discussões de ontem terem sido cancelada. Paulo Guedes, ministro da Economia, participa de eventos e fica no radar. Os resultados de balanços corporativos, dados semanais de pedidos de auxílio-desemprego nos EUA e discursos de três dirigentes do FED devem dar a direção para os negócios no exterior.

O receio de crise de liquidez da Evergrande, na China, que não conseguiu vender 50,1% da unidade Evergrande Property Services, a transação resultaria em US$ 2,6 bilhões e auxiliaria a empresa a evitar um calote, deixa os mercados na Europa e em Nova York sem direção. Hoje a ação da Evergrande caiu 12,54% em Hong Kong e da Evergrande Property Services 8,01%. O petróleo também tem queda, ao mesmo tempo que os juros dos Treasuries estão mistos e o dólar sobe à espera de comentários de dirigentes do Fed e de um leilão do Tesouro americano.

O cenário negativo no exterior deve pesar nos mercados locais, que vêm sendo abalados pelo aumento da tensão fiscal do País: financiamento do Auxílio Brasil extrateto, PEC dos Precatórios na Câmara e a reforma do imposto de renda no Senado, sem definições. Ontem, o dólar recuou a R$ 5,5608 (-0,59%) com os leilões no câmbio e sintonizada à queda no exterior. Mas inicia o dia pressionado, diante da questão política para acabar com o teto de gastos.

A decisão do presidente Jair Bolsonaro de pagar dois auxílios temporários até dezembro de 2022, segundo o deputado Marcelo Aro (PP-MG) é eleitoreira e pode prejudicar a longo prazo a economia. A votação do texto substitutivo da PEC-5 ainda não é unânime e mostra uma possível derrota de Arthur Lira (PP-AL).