DÓLAR ABRE A R$ 5,3237. Os presidentes do Senado e Câmara, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) e Arthur Lira (PP-AL) se reúnem hoje com o ministro da Economia, Paulo Guedes, para encontrar uma solução para o pagamento dos R$ 89 bilhões de precatórios em 2022. Também está no radar a votação da reforma administrativa pela comissão especial da Câmara e discurso de Bolsonaro na abertura da 76ª Assembleia geral da onu, em ny.

Rumores de calote da gigante chinesa Evergrande na China estremeceu os mercados ontem, mas hoje os ativos no exterior buscam recuperação das perdas e mais cedo, o petróleo e as bolsas europeias subiam mais de 1%, enquanto os futuros de NY tendem a ter uma abertura positiva do pregão à vista. A reunião de política monetária do Federal Reserve, que começa hoje e será concluída amanhã, deixa os investidores atentos. O presidente do conselho de administração da Evergrande, Hui Ka Yuan, afirmou em entrevista, que a empresa não deixará de cumprir seus deveres com todos os envolvidos: compradores de imóveis, investidores, parceiros e instituições financeiras.

A alta das bolsas e petróleo nos mercados internacionais deve apoiar o Ibovespa, e o dólar mais fraco diante países emergentes e commodities deve diminuir a pressão de alta do dólar ante o real. Com o Congresso empenhado em endereçar uma solução aos precatórios, o dólar se afastou da máxima de R$ 5,3772, mas ainda fez o hedge (+0,93%, a R$ 5,3312) contra a aversão global ao risco e o tapering no radar do Fed, ou seja, a retirada gradual dos estímulos pelos EUA entra como pressão adicional à moeda. Em relação aos precatórios, a sugestão de Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, é levar uma proposta de emenda à Constituição (PEC) para votação da Câmara e Senado sem estourar o teto de gastos e que caiba também no orçamento fundos para o programa social do governo, o Auxílio Brasil.

Em fórum da ONU o presidente Jair Bolsonaro é o único líder do G-20 que declarou publicamente não ter se vacinado ainda. O Ministério Público Federal (MPF) denunciou ao STF o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), por desvios de verba na pandemia.