Minuto Mercado
20/06/2022

SEMANA 20 a 24/06
4 minute readOs principais acontecimentos da semana que poderão influenciar a cotação do dólar de acordo com nossa consultoria econômica externa:
üBALANÇA COMERCIAL BRASILEIRA SEMANAL – PARCIAL JUNHO (segunda 15h)
dados fortes de exportações e saldo comercial na margem tendem a favorecer o real brasileiro;
üATA DO COPOM (terça 8h):
BCB deverá trazer maior clareza sobre seus próximos passos e análise do balanço de riscos. É possível que explicite melhor sua intenção de terminar o ciclo de aperto monetário com a alta de agosto;
üPOWELL PRESTA TESTEMUNHO SEMESTRAL NO SENADO (quarta 11h):
Powell deverá adotar um discurso mais duro em relação ao combate à inflação e em relação ao patamar de juros necessários para a convergência da inflação à meta, o que deve contribuir para o fortalecimento do dólar;
üPMI INDUSTRIAL MARKIT EUA (quinta 10h45)
Estimativa: 56 no mês
dado deve mostrar desaceleração moderada da atividade industrial americana em junho em relação a maio (surpresa para cima tende a favorecer o fortalecimento do dólar);
üIPCA-15 JUNHO (sexta 9h)
Estimativa: 0,66% no mês
dado deve confirmar núcleos e serviços ainda pressionados, porém, em trajetória de descompressão;
O ambiente global segue bastante volátil dado o temor de desaceleração da atividade econômica e aperto da política monetária em países centrais. Ademais, a mudança do FOMC para ação e discurso mais duros contra a inflação tende a fortalecer o dólar. As tensões da guerra na Ucrânia e lockdowns na China imprimem maior complexidade e incerteza ao cenário.
Porém, ainda assim, continuamos vislumbrando o Brasil em situação relativa mais favorável no médio prazo dentro desse contexto externo desafiador por conta:
1) dos ganhos de termos de troca,
2) das surpresas positivas com atividade econômica (em momento que mundo desacelera) e
3) juros internos mais elevados e já bastante restritivos.
Mas, os próximos dias serão de grande volatilidade tendo em vista as tramitações no Congresso das medidas para redução de preço de combustíveis. Caso essa solução implique rompimento das regras fiscais, a moeda brasileira tende a perder performance relativa. Ou seja, tanto o cenário externo, quanto o doméstico contribuem para a depreciação do real no curto prazo.