Minuto Mercado

SEMANA 18/07 a 22/07

4 minute read

Os principais acontecimentos da semana que poderão influenciar a cotação do dólar de acordo com nossa consultoria econômica externa:

ü  Balança comercial brasileira - parcial julho (segunda 15h)
dados fortes de exportações e saldo devem colaborar para boa performance do real;

ü  Novas construções residenciais - EUA (terça 9h30)
estimativa: 1,59 milhões de casas no mês:
dados fortes do mercado imobiliário americano podem colaborar para reduzir o temor de uma recessão nos EUA e fortalecimento do dólar;

ü  Vendas de moradias usadas - EUA (quarta 11h)

ü  estimativa: 5,4 milhões de casas no mês: dados do mercado imobiliário americano também configuram relevante input para a próxima reunião do FOMC;

ü  Reunião BCE para definição de taxa de juros (quinta 9h15)
estimativa: 0,25%:
o Banco Central Europeu irá elevar juros pela primeira vez em 11 anos, mas em ritmo menor que o Fed, logo Euro tende a continuar perdendo valor;

ü  PMI Industrial Markit EUA  (sexta 10h45)
estimativa: 51,8 no mês:
sondagem industrial e de serviços deverão confirmar tendência de desaceleração da economia americana, caso surpreenda para baixo, poderá contribuir para suscitar temor de recessão nos EUA.

O ambiente global segue bastante volátil dado o temor de desaceleração da atividade econômica e aperto da política monetária em países centrais. O temor de uma recessão nos EUA tende a gerar movimento de aversão ao risco, o que, por sua vez, contribui para fortalecer o dólar. Por outro lado, a resiliência do mercado de trabalho americano impõe cautela a cenários de desaceleração mais rápida da economia. Ademais, as tensões da guerra na Ucrânia imprimem maior complexidade e incerteza ao cenário, em especial, para países europeus.

Em relação à moeda brasileira, além do driver externo mais adverso, a elevação do risco fiscal tendo em vista os gastos extras com programas sociais contribui também para tendência de depreciação do real e alta volatilidade nos próximos dias
. A reação do governo à queda nas pesquisas eleitorais com medidas populistas de ampliação de gastos fora do teto gera desconfiança e perda de credibilidade nas regras fiscais.

A queda dos termos de troca nas últimas semanas (juntamente com a queda de preços de commodities que retornaram ao patamar pré-guerra) e forte elevação dos prêmios de risco conferem ao cenário de médio prazo uma taxa de câmbio de equilíbrio de patamar mais elevado.