DÓLAR ABRE A R$ 5.5374. Hoje a paralisação dos servidores públicos chama a atenção dos mercados locais, além do leilão de NTN-B e LFT. Na agenda dos EUA a divulgação da atividade industrial Empire State e balanços do Bank of América e do Goldman Sachs.

Com a alta de juros prevista nos Estados Unidos, os futuros das bolsas de Nova York e as bolsas europeias amanhecem em baixa, enquanto os juros dos Treasuries elevam. Na Ásia, também não foi diferente a maioria das bolsas caíram com investidores tensos com possível aperto monetário nos EUA. O Fed já insinuou que a primeira elevação de juros acontecerá em março, para tentar conter a alta inflação e recuperar o mercado de trabalho que segue tentando se recompor a passos lentos dos impactos da pandemia de covid-19.

O baixo apetite a risco no exterior também deve espelhar nos mercados domésticos. Nos juros, o mercado aguarda ainda pelo leilão do Tesouro, que pode trazer pressão pontual. E a paralisação dos servidores pode adicionar mais cautela. No radar também está o orçamento deste ano. O governo deve recompor apenas R$ 3,8 bilhões dos R$ 9 bilhões de despesas subestimadas que a equipe econômica recomendou ao Palácio do Planalto na sanção do Orçamento de 2022. O orçamento ainda não foi fechado porque há divergências entre os parlamentares, o prazo para a sanção do presidente é na próxima sexta-feira, 21.  Os juros futuros acentuaram os prêmios perto do fechamento, testando máximas em toda a curva, e o dólar sustentou viés de alta a partir do meio da tarde, após ter furado mais cedo a marca de R$ 5,50 na mínima (R$ 5,4940). No câmbio, a decisão da China de relaxar o juro e injetar liquidez no sistema, interpretada como positiva para países emergentes exportadores de commodities, ajudou a apreciar o real durante boa parte do pregão. Mas, depois de ter caído nos quatro últimos pregões e acumulado perdas de 2,1% na semana passada, o dólar chamou algum ajuste e compras de importadores. De qualquer maneira, subiu bem de leve, só 0,24%, a R$ 5,5266.

Governadores que pretendem se recandidatar para a próxima eleição já começam analisar os impactos negativos com o fim do congelamento nacional do ICMS sobre combustíveis. Foi arquivada a investigação contra o filho mais velho do ex-presidente Lula, empresário Fábio Luis Lula da Silva, conhecido como Lulinha, e outras oito pessoas por suspeitas de propinas da Oi/Telemar em troca de favores ao governo, a pedido da 10ª Vara Criminal Federal de São Paulo.