DÓLAR ABRE A R$ 5.6893. Agenda do dia prevê a participação de Paulo Guedes (Economia) em coletiva. Enquanto os Campos de Atapu e Sépia voltam a leilão e a diretora do BC Fernanda Guardado participa de evento no Rio e a secretária do Tesouro, Janet Yellen, preside sessão do Comitê de Estabilidade Financeira.

Mercado externo com ações em baixa, reflexo de uma semana marcada por decisões de bancos centrais, com muitos deles apertando suas políticas monetárias para tentar conter a inflação. Hoje foi a vez do BoJ que manteve os juros inalterados, mas informou que as compras de títulos corporativos acabarão também em março do próximo ano. Outro fator considerável que impõe cautela é a queda do indicador de confiança de empresas e o avanço da variante ômicron do coronavírus. A sanção dos EUA a oito empresas de tecnologia chinesas e a S&P declarando que a Evergrande entrou em default serão acompanhadas de perto.

Mercado externo pode contaminar os ativos locais após vários bancos centrais, inclusive o brasileiro, expressarem a intenção de aumentar as taxas de juros do país nos próximos meses. Neste ambiente, o mercado deve se ajustar ainda à divulgação do calendário de leilões do Tesouro Nacional para o primeiro trimestre de 2022. Na Bolsa, além da expectativa de queda por causas externas, também pode haver instabilidade por devido o vencimento de opções sobre ações, mas algum ganho a depender do resultado do leilão do pré-sal. Já o dólar pode seguir de forma lateral, em linha com o exterior. No câmbio, a partir de hoje, o dólar deve começar a sentir mais fortemente o alívio do fluxo apertado desta semana, que incluiu remessas para dividendos do ADR da Petrobras e juros dos bonds do Banco do Brasil. Na máxima, ontem, o dólar tocou R$ 5,7242 e o BC não demorou a entrar em cena, com mais um leilão no spot, o quarto desde a última sexta-feira. Vendeu US$ 830 milhões ao mercado. A nova atuação extraordinária garantiu que a moeda americana assumisse canal de baixa, até R$ 5,6597 na mínima. Também a queda do dólar em escala global ajudou o real a testar um nível mais apreciado nesta quinta-feira. O dólar devolveu a marca de R$ 5,70, para fechar em baixa de 0,50%, cotado a R$ 5,6792.

Pesquisa Datafolha mostra que em eventual segundo turno o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem 59% das intenções de voto frente a 30% do presidente Jair Bolsonaro. Brancos e nulos somam 10% e 1% diz não saber em quem votaria.