DÓLAR ABRE A R$ 5.1147. Amanhã têm decisões de política monetária do Copom e do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), com expectativas de alta de juros para ambos. A agenda desta terça-feira tem como destaque a divulgação do índice de preços aos produtos (PPI) americano e discurso de Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu (BCE). No ambiente local o foco fica na divulgação da produção industrial regional e o no leilão de NTN-B e LFT. A União Europeia aprovou nesta terça-feira um quarto pacote de sanções contra a Rússia, em resposta à guerra na Ucrânia.

O petróleo cai mais de 5% nesta manhã com receio de demanda da China cair após novos surtos de covid-19 no país. Na Ásia, as bolsas de Xangai e de Hong Kong despencaram 5,72% e 4,95%, respectivamente, também por causa das preocupações com a covid na China. O recuo dos mercados acionários asiáticos pesa nas europeias, assim como a queda drástica do índice ZEW de expectativas econômicas da Alemanha para -39,3 pontos em março, de 54,3, bem abaixo da expectativa de -3. Já os futuros de Nova York têm perdas moderadas. Os resultados da produção industrial, vendas no varejo e investimentos em ativos fixos durante o primeiro bimestre do ano foram melhores que o esperado, porém as novas restrições pelo governo chinês diante da pandemia pesaram frente aos bons resultados. Nos EUA, o Fed deverá subir os juros em 0,25 ponto porcentual amanhã, para tentar controlar a inflação excessivamente elevada e ao mercado de trabalho próximo ao pleno emprego.

Bolsas internacionais e petróleo em queda devem pesar no Ibovespa, assim como o dólar mais alto ante outras moedas emergentes tendem a desfavorecer o real. O receio de uma nova greve dos caminhoneiros, como a de 2018, também fica no radar, além do risco fiscal com possibilidade de adoção de medidas populistas. Ontem a Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava) entrou com uma ação contra a política de paridade de preços da Petrobrás. No câmbio, já pressionados pelo aumento da inflação e a perspectiva de ciclo mais longo de elevação da Selic, os juros aceleraram com a notícia de que a Economia estuda aumentar temporariamente o Auxílio Brasil para evitar um subsídio. A questão fiscal também afetou o dólar, que destoou da tendência dos últimos dias e da baixa da divisa americana lá fora. Na máxima, bateu R$ 5,1385 (+1,67%), para ainda fechar em alta forte de 1,30%, a R$ 5,1200.

As lideranças do MDB, União Brasil e PSDB vão se reunir em abril "para estudar critérios de escolha de um nome único do Planalto". Os três partidos já têm pré-candidatos a presidente para as próximas eleições: Simone Tebet (MDB), Luciano Bivar (União Brasil) e João Doria (PSDB).