DÓLAR ABRE R$ 5,6716. O Relatório trimestral de Inflação (RTI) do quarto trimestre fica no radar do mercado enquanto espera entrevista do presidente do Banco Central. Decisões de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco da Inglaterra (BoE) e dados de auxílio-desemprego e produção industrial dos EUA podem movimentar os ativos financeiros.

A decisão da política monetária do Federal Reserve (Fed) de acelerar o processo de retirada de estímulos para março, em vez de junho, além de sinalizar três aumentos de juros em 2022 deu mais segurança ao mercado e aumentou o apetite a risco nas bolsas internacionais, inclusive na Ásia. Na Europa, o euro e a libra sobressaíram ante o dólar após o recuo de PMIs da Alemanha ao menor nível em 18 meses. Os dados de atividade reforçam expectativa por manutenção da política monetária pelo BCE e BOE hoje.

O ambiente externo positivo deve apoiar os ativos locais em meio às avaliações do RTI. As projeções do Banco Central (BC) para inflação e Produto Interno Bruto (PIB) ficarão no foco no documento do quarto trimestre. As decisões dos BCs na Europa também ficam no radar. Ontem a Câmara aprovou o texto final da PEC dos Precatórios, agora falta o Congresso decretar a promulgação na proposta. No câmbio, o dólar comercial correu até o pico de R$ 5,7357 logo após o Fed confirmar que vai acelerar o ritmo de retirada dos estímulos em janeiro. Mas corrigiu os excessos, à medida que o investidor absorveu o impacto inicial. No fechamento, desacelerou para R$ 5,7080 (+0,25%) e devolveu toda a alta no mercado futuro com Powell. Ainda assim, novas ondas de volatilidade não estão descartadas, o que manteria o dólar acima da linha de R$ 5,70. Pela manhã, antes mesmo do Fed, o mercado testou a tolerância do BC e puxou a moeda americana até R$ 5,7266.

Após governador João Doria PSDB confirmar Henrique Meirelles (PSD) como porta-voz de seu programa de governo na área econômica, anunciou também nesta quinta-feira, 16, três mulheres na equipe: as economistas Zeina Abdel Latif, Vanessa Rahal Canado e Ana Carla Abrão. O senador Marcio Bittar (PSL-AC) é cotado para assumir a liderança do governo no Senado, após Fernando Bezerra (MDB-PE) deixar o cargo.