Minuto Mercado
15/08/2022

SEMANA 15/08 a 19/08
4 minute readOs principais acontecimentos da semana que poderão influenciar a cotação do dólar de acordo com nossa consultoria econômica externa:
ü Balança comercial brasileira mensal I parcial agosto (segunda 15h)
dados fortes de exportações e saldo devem colaborar para boa performance do real
ü Produção industrial EUA I julho (terça 10h15)
estimativa: 0,2% no mês
indústria tenda a mostrar pequena melhora na margem, surpresas negativas tendem depreciar o dólar americano
ü Fluxo cambial semanal I parcial agosto (quarta 14h30)
dados fortes de entradas de recursos devem colaborar para boa performance do real
ü Ata FOMC I EUA (quarta 15h)
Fed explicitará debate interno sobre próximos passos da política monetária americana,
acreditamos que ficará mais clara a preferência pela redução do ritmo de alta de juros
ü Vendas de moradias usadas EUA I julho (quinta 11h)
estimativa: vendas de 4,85 milhões de casas
dado deverá confirmar a desaceleração do setor imobiliário americano
O ambiente global segue bastante volátil, de um lado, pelo temor de desaceleração da atividade econômica e; de outro, pelo aperto da política monetária em países centrais. Os dados robustos do mercado de trabalho nos EUA divulgados na última sexta-feira reduziram o temor de uma recessão nos EUA, porém, os índices de inflação abaixo do esperado de julho acabaram por estimular o apetite por risco no mercado global favorecendo o enfraquecimento do dólar.
O Real, por sua vez, continuou exibindo boa performance relativa nos últimos dias. Uma possível explicação para esse melhor resultado do real é o fato de o Brasil se diferenciar do resto do mundo por estar já na fase final de aperto monetário, enquanto os Estados Unidos e os outros países emergentes ainda estão em meio ao processo de alta de juros. O Brasil oferece juros reais mais atrativos que os outros países e pode estar atraindo fluxo para renda fixa, além disso, verificamos também o retorno de recursos para a bolsa brasileira.
Porém, vetores domésticos seguem conferindo maior volatilidade para a moeda como a elevação do risco fiscal tendo em vista os gastos extras com programas sociais, o que contribui para tendência de depreciação do real. Ademais, a tensão entre os poderes executivo e judiciário persiste elevada e contribui para elevação do risco político. Todavia, o fato de o candidato à frente nas pesquisas mostrar sinais de moderação no discurso acaba também tendo impacto favorável na moeda.