Minuto Mercado

SEMANA 14/11 a 18/11

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Os principais acontecimentos da semana que poderão influenciar a cotação do dólar de acordo com nossa consultoria econômica externa:

ü  Balança Comercial Semanal - Brasil (segunda-feira 15h)
O resultado da balança física, não divulgado na semana anterior, trará o acumulado dos 8 primeiros dias úteis do mês. O saldo deve continuar indicando robustez. Dados mais fortes contribuem para apreciação do real, pela maior entrada de fluxo de dólares.

ü  Inflação ao Produtor (PPI) EUA - Outubro (terça-feira 10h30)
estimativa: 0,5% MoM
O índice de preços do atacado deve ter uma ligeira alta em relação ao mês anterior (0,4%), mas o núcleo, apesar de também avançar (de 0,3% para a projeção de 0,4%), ainda estará em patamar mais moderado que dos últimos meses, indicando algum alívio ao repasse ao consumidor. Surpresas altistas tendem a fortalecer o dólar, por sugerir uma inflação ao consumidor mais pressionada.

ü  Vendas do Varejo EUA - Outubro (quarta-feira 10h30)
estimativa: 1,0% MoM
O setor do varejo deve avançar no mês, após ter registrado estabilidade em setembro (0,0%). Porém o grupo que exclui automóveis e gasolina deve recuar de 0,3% para 0,2%, indicando moderação no dinamismo da atividade econômica americana. Dados mais fortes tendem a apreciar o dólar americano.

ü  IGP-10 Brasil - Novembro (quinta-feira 8h)
estimativa: -0,51% MoM
A inflação ao produtor no Brasil deve continuar diminuindo a deflação, observada em outros IGPs recentes. Porém deve continuar indicando uma descompressão no preço de bens industriais, sugerindo uma percepção construtiva para a inflação ao consumidor.

ü  Vendas de Moradias Usadas EUA - Outubro (sexta-feira 12h)
estimativa: 4,37mi
O setor imobiliário americano também deve mostrar um arrefecimento no mês, em relação ao mês anterior (4,71mi) – em linha com outros dados que têm mostrado algum efeito da política monetária restritiva dos EUA. Resultados mais altos tendem a fortalecer o dólar.

O ambiente global continua bastante volátil. De um lado, persiste o temor de desaceleração mais intensa da atividade econômica global, em especial, na Europa, Reino Unido e China e; de outro, a inflação segue como preocupação e impulsiona o aperto da política monetária em países centrais. Vetores mistos atuaram sobre o dólar nessa semana, porém, predominou no ambiente externo o otimismo após a surpresa baixista no dado de inflação de outubro dos EUA. Embora a autoridade monetária reconheça que ainda há um caminho a percorrer no controle de preços, a queda do núcleo da inflação aliviou a percepção dos investidores quanto aos próximos passos do aperto monetário em curso do Fed. Assim, a resultante foi positiva sobre a moeda de países emergentes.

Já para o real foi preponderante a aversão ao risco, vinda do cenário político. O real terminou a semana mais depreciado com a incerteza quanto à agenda econômica do próximo governo, embora, ao longo da semana, os dados tenham favorecido uma percepção mais construtiva da economia interna. Contudo, as indefinições em relação à composição ministerial e o discurso do presidente eleito na quinta-feira depreciaram o real. Os rumores sobre o desenho da PEC de transição também aumentaram o prêmio de risco. Nessa semana, com o feriado e agenda esvaziada de indicadores domésticos, a atenção deve continuar voltada ao noticiário político e ao cenário externo.