DÓLAR ABRE A R$ 5.0619. As decisões de juros do Copom, do Federal Reserve (Fed) dos EUA e dos bancos centrais da Inglaterra (BoE), Japão (BoJ), Rússia (BoR) e Turquia são os destaques da semana, enquanto os preços das commodities e a inflação global avançam. Ataques das tropas de Moscou chegam perto da fronteira com a Polônia e há relatos de uso de armas químicas, embora uma possível rodada de negociações entre os dois países parece estar perto de acontecer. Indicadores de inflação e de atividade econômica também devem dar o rumo aos negócios, entre eles, PPI e vendas no varejo dos EUA, CPI da zona do euro, IGP-10, IBC-Br e dados de serviços no Brasil.

Enquanto investidores ficam na torcida para o fim da guerra na Ucrânia, os mercados seguem em tom positivo nesta manhã, com bolsas e juros dos Treasuries subindo, enquanto petróleo e dólar recuam. Em Roma, hoje, será discutido por autoridades dos EUA e da China o impacto do conflito na segurança regional e global. Os ministros da defesa da Otan devem se reunir também na quarta-feira, na Bélgica. Os preços da gasolina e diesel bateram recordes nos EUA, aumentando as expectativas pela reação do Fed. Na Ásia, a reação do mercado foi negativa após a China assumir que enfrenta um novo surto de infecções por covid-19, que levou a cidade de Shenzhen a fazer restrições, um polo financeiro e tecnológico com 17,5 milhões de habitantes.

Ativos locais tendem a surfar a onda dos mercados externos, porém, a forte queda do petróleo nesta manhã pode atrapalhar a recuperação do Ibovespa e voltar a influenciar as ações da Petrobras em meio à paralisação de cegonheiros e transportadores de combustíveis pelo País. O presidente Jair Bolsonaro enfatizou no sábado que qualquer possível subsídio ao reajuste de combustíveis passa pelo parecer do ministro da Economia, Paulo Guedes. Afirmou também que pode enviar ao Congresso um projeto para zerar a cobrança dos tributos federais PIS e Cofins sobre a gasolina, como foi realizado com o óleo diesel. Para a decisão do Copom, parte dos especialistas espera redução do ritmo de alta da taxa Selic a 1,0 ponto porcentual nesta quarta-feira, de 10,75% para 11,75% ao ano, mas outra parte aposta em 1,25. Além disso, após o IPCA de fevereiro mais alto, economistas avaliam que o ciclo de ajustes será maior do que o previsto anteriormente indicando que o índice oficial de inflação deve superar em 2022, pelo segundo ano consecutivo, o teto da meta perseguida pela autoridade monetária, de 5,0%. No câmbio, o fluxo estrangeiro que tem garantido a valorização, voltou para a faixa dos R$ 5, apesar de toda a turbulência externa e da normalização da política monetária nos Estados Unidos, que começa esta semana. Na sexta-feira, o dólar fechou em R$ 5,0541 (+0,76%), perto da máxima (R$ 5,0586), após bater na mínima intraday R$ 4,9851, voltando a testar a marca psicológica. Neste ano, a moeda americana acumula queda de 9,36% frente ao real.

Está agendada para o dia 26 de março, o ato de lançamento da pré-candidatura de Jair Bolsonaro (PL) à reeleição para a presidência da República, em Brasília. Já o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deverá ter sua apresentação formal como pré-candidato petista ao Palácio do Planalto no início de abril. O ex-governador de São Paulo, Márcio França (PSB), que na semana passada, recebeu de Geraldo Alckmin uma lista de nomes de aliados que vão se filiar ao PSB.