Minuto Mercado
14/02/2022

MEDO DE UM CONFLITO ENTRE RÚSSIA E UCRÂNIA DEIXA MERCADOS CAUTELOSOS
3 minute readDÓLAR ABRE A R$ 5.2508. Semana inicia tensa com a possibilidade de a Rússia invadir à Ucrânia. Mesmo diante de uma possível guerra, Jair Bolsonaro tem viagem marcada para Moscou hoje à noite para se reunir com o presidente russo Vladimir Putin na quarta-feira. Nesta segunda, Dirigentes do FED, BC americano, se pronunciam e ficam no radar. Tem também a ata do Fed referente a janeiro. A agenda da semana traz o PIB na zona do euro, o índice de preços ao produtor (PPI) e balanços corporativo nos EUAS e o IGP-10 de fevereiro no Brasil.
As principais bolsas na Europa têm queda, influenciando também os índices futuros de Nova York que mais cedo operavam perto da estabilidade. Os contratos futuros do petróleo estão sem direção única, após chegarem durante essa madrugada nos maiores níveis desde 2014, enquanto o dólar se fortalece e os juros dos Treasuries mais longos caem, diante da possibilidade de a Rússia invadir a Ucrânia. A Ucrânia convocou uma reunião com a Rússia e integrantes da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) e deve acontecer nas próximas 48 horas.
Exterior cauteloso deve pesar nos mercados locais em meio à agenda de indicadores local mais fraca nesta semana. As ações da Petrobras continuam sendo acompanhadas, diante da expectativa que o Senado paute para votação nesta terça-feira dois projetos de lei visando baixar os preços dos combustíveis. A alta rejeição de Bolsonaro nas pesquisas faz com que programas de assistencialismos sejam colocados em pauta, o próximo será direcionado aos microempreendedores via bancos públicos, que prevê empréstimos de até R$ 3 mil para o setor. No câmbio, a moeda americana começou o ano a R$ 5,57 e este mês já testou suportes abaixo de R$ 5,20. Pelo último informe do BC o fluxo cambial semanal apontou entrada de quase R$ 5 bilhões em dinheiro novo. Só na semana passada, o dólar acumulou baixa de 1,50%. Na sexta-feira, passou a maior parte do pregão em queda e só foi zerar as posições vendidas perto do fechamento, quando o índice DXY voltou a rodar acima dos 96 pontos lá fora. A pressão em escala global com a Ucrânia, porém, foi insuficiente para depreciar o real. Imune a choques, o dólar se segurou na estabilidade (+0,01%), cotado a R$ 5,2424 no mercado à vista. No câmbio futuro, o contrato da moeda americana para março também não exibiu estresse, a R$ 5,2730, leve alta de 0,13%.
Bolsonaro (PL) disse no sábado que a Rede Globo poderá ter dificuldades para renovar sua concessão neste ano, mesmo sem "perseguições" do governo, e voltou a duvidar do sistema eleitoral brasileiro. O ex-presidente Lula se reuniu na sexta à noite com o ex-governador paulista Geraldo Alckmin (sem partido) com o objetivo de continuar com as negociações para que Alckmin seja vice-presidente na chapa do petista. O encontro aconteceu na casa do ex-prefeito paulistano Fernando Haddad (PT).