Minuto Mercado
13/09/2021

POLÍTICA MAIS CALMA INCENTIVA O MERCADO EXTERNO
2 minute readDólar abre a R$ 5.2659. Os precatórios continuam no radar dos mercados locais, além da votação da reforma administrativa com a economia mais sob controle diante da apaziguação entre os poderes e o presidente Jair Bolsonaro. A participação de Roberto Campo Neto, presidente do BACEN, e Fábio Kanczuk, diretor de Política Econômica do BC, em eventos fechados serão acompanhados pelo mercado. Na semana tem como indicadores IGP-10 e dados de inflação nos Estados Unidos, zona do euro e Reino Unido.
Mercado exterior positivo incentiva as bolsas europeias e futuros de Nova York, enquanto dólar segue sem direção única diante de moedas emergentes, petróleo em alta e juros dos Treasuries mistas. Diante de agenda fraca fica no foco discurso de Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu (BCE). A inflação da zona do euro tem expectativa de forte desaceleração a partir do próximo ano, segundo dirigente do BCE Isabel Schnabel.
A baixa adesão na manifestação de ontem em prol ao impeachment do presidente Jair Bolsonaro trouxe trégua ao mercado enquanto se aguarda pela decisão do Copom na próxima semana. O cenário externo em alta também deve trazer alívio. O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que se reunirá esta semana com os presidentes das duas Casas do Congresso e do STF discutir sobre os precatórios. Guedes na sexta-feira afirmou que haverá uma solução para os precatórios respeitando o teto de gastos. A trajetória de alta do dólar lá fora, com o tapering de volta à cena nos EUA, entrou como fator extra para a moeda americana subir 0,76% aqui, a R$ 5,2671, bem mais perto da máxima (R$ 5,2711) do que da mínima (R$ 5,1699).
Governistas acreditam que a carta de Bolsonaro/Temer conseguiu no curto prazo alcançar os objetivos de acalmar os ânimos do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e diminuir a adesão das manifestações de domingo. Ciro Nogueira, ministro-chefe da Casa Civil, foi escolhido para conduzir alguns assuntos econômicos no Senado, como a reforma do Imposto de Renda, marcos legais da ferrovia e do câmbio e a privatização dos Correios. Todas as pautas já foram aprovadas pela Câmara.