Minuto Mercado
13/8/2021

IBC-BR, RISCO FISCAL E POLÍTICO EM MEIO A EXTERIOR TRANQUILO
3 minute readDÓLAR ABRE A R$ 5.2522. Agenda de hoje traz o IBC-BR de junho e índice de confiança do consumidor dos Estados Unidos preliminar de agosto e no local alguns balanços, o da Embraer é um deles. Robert Campos, presidente do Banco Central, fica também como destaque. Devido a incerteza com o cenário fiscal, político e institucional no Brasil o investidor deve procurar proteção antes do fim de semana.
Os índices futuros da Bolsas de NY operam em alta, após ontem o pregão bater recordes nos índices S&P 500 e Dow Jones, enquanto os juros dos Treasuries estão sem direção única, com alta no curto e queda no longo. O dólar tem queda diante das principais moedas pares e das emergentes ligadas a commodities, sendo que investidores aguardam pelo índice de inflação ao produtor acima do projetado devido à alta demanda e falta de abastecimento na cadeia de suprimentos devido a pandemia. Já as bolsas europeias têm alta. Tudo indica que é efeito da política monetária do Banco Central Europeu (BCE) que tende a permanecer relaxada por mais tempo.
O exterior tranquilo pode trazer fôlego nos ativos locais no começo da sessão, após o agito na tarde de ontem, principalmente nos juros e dólar, que tiveram alta em reação a divulgação da antecipação do pagamento das próximas três parcelas do auxílio emergencial, que começa a partir do próximo dia 18 para os beneficiários do Bolsa Família. João Roma, ministro da Cidadania, disse que o pagamento vai até novembro, quando começará o Auxílio Brasil, e que as três parcelas adicionais do benefício vão custar R$ 20 bilhões. Bolsonaro anda falando em reajuste "mínimo" de 50% no Bolsa Família, chegando a R$ 285. A proposta da reforma do imposto de renda foi adiada para a próxima terça-feira. O relator do projeto, deputado Celso Sabino (PSDB-PA), alterou novamente o texto diminuindo a taxação prevista do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ). No câmbio, apesar da atratividade do carry-trade, o dólar subiu, contando com três drivers de alta: hedge contra o quadro de instabilidade, fluxo reduzido de estrangeiros para o Brasil e valorização da moeda em escala global. Fechou próximo da máxima do dia (R$ 5,2579), com avanço de 0,67%, cotado a R$ 5,2564 no mercado à vista. No câmbio futuro, o contrato de dólar para setembro se apreciou para R$ 5,2650, com impulso de 0,41%.
O presidente Jair Bolsonaro acusou Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral, de interferir nas investigações a respeito da segurança das urnas eletrônicas. Às vésperas da análise da PEC do voto impresso pela Câmara, o governo pagou R$ 1,03 bilhão de emendas individuais à base eleitoral de parlamentares sem fiscalização.