Minuto Mercado
13/06/2022

SEMANA 13 a 17/06
3 minute readOs principais acontecimentos da semana que poderão influenciar a cotação do dólar de acordo com nossa consultoria econômica externa:
- PMS: VOLUME DE SERVIÇOS – ABRIL (terça 9h)
estimativa: 0,4% no mês
surpresa para cima com atividade brasileira tende a fortalecer o real, porém driver externo de fortalecimento do dólar tende a ser preponderante ainda mais em dia de PPI nos EUA (9:30h) com potencial de surpresa para cima;
- FOMC DECISÃO DE POLÍTICA MONETÁRIA (quarta 15h)
estimativa: 1,5%
FED elevará os juros básicos em 50 pontos, conforme sinalizado, porém deve adotar um discurso mais duro em relação ao patamar de juros necessário para a convergência da inflação à meta, o que deve contribuir para o fortalecimento do dólar;
- COPOM DECISÃO DE POLÍTICA MONETÁRIA (quarta 18h30)
estimativa: 13,25%
BCB deve subir os juros básicos em 50 pontos e sinalizar um ajuste final de mesma magnitude em agosto, terminando o ciclo de aperto da Selic em 13,75%. Avaliamos que a continuidade do ciclo de alta é necessária para ancoragem de expectativas e garantia do processo de desinflação.
- SONDAGEM INDUSTRIAL – FILADÉLFIA (quinta 9h30)
estimativa: 5 no mês
dado deve mostrar melhora da atividade industrial americana em junho em relação a maio (surpresa para cima tende a favorecer o fortalecimento do dólar);
- PRODUÇÃO INDUSTRIAL – EUA (sexta 10h15)
estimativa: 0,4% no mês
dado deve confirmar alta da indústria em maio, ainda que modesta, e surpresa para cima tende a favorecer o fortalecimento do dólar;
O ambiente global segue bastante volátil dado o temor de desaceleração da atividade econômica e aperto da política monetária em países centrais. Ademais, o último dado de inflação nos EUA desafia a visão do FED sobre preços, colaborando para que comitê adote discurso mais duro, o que tende a fortalecer o dólar. As tensões da guerra na Ucrânia e lockdowns na China imprimem maior complexidade e incerteza ao cenário.
Porém, ainda assim, continuamos vislumbrando o Brasil em situação relativa mais favorável no médio prazo dentro desse contexto externo desafiador por conta:
- dos ganhos de termos de troca,
- das surpresas positivas com atividade econômica (em momento que mundo desacelera) e
- juros internos mais elevados e já bastante restritivos.
Mas, os próximos dias serão de grande volatilidade tendo em vista as tramitações no Congresso das medidas para redução de preço de combustíveis. Caso essa solução implique rompimento das regras fiscais, a moeda brasileira tende a perder performance relativa. Ou seja, tanto o cenário externo, quanto o doméstico contribuem para a depreciação do real no curto prazo.