Minuto Mercado
12/09/2022

SEMANA 12/09 a 16/09
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Os principais acontecimentos da semana que poderão influenciar a cotação do dólar de acordo com nossa consultoria econômica externa:
- Balança comercial brasileira mensal – parcial setembro (segunda 15h)
dados fortes de exportações e saldo devem colaborar para boa performance do real;
- CPI – inflação EUA agosto (terça 9h30)
estimativa: -0,1% no mês
a inflação ao consumidor nos EUA tende a continuar mostrando desaceleração na margem, dessa vez, por conta da redução dos preços de gasolina e de alimentos. Surpresas baixistas, em especial no núcleo, tendem a depreciar o dólar;
- Vendas no varejo – Brasil - julho (quarta 9h)
estimativa: +0,1%
varejo no Brasil tende a mostrar acomodação em julho, após queda observada em junho, todavia, apenas nos próximos meses é que será possível vislumbrar efeito dos programas sociais realizados, surpresas para cima tendem a favorecer o real;
- Vendas no varejo – EUA – agosto (quinta 9h30)
estimativa: 0,0%
varejo nos EUA tende a repetir a acomodação observada em julho, compatível com a perda de poder de compra das famílias, encarecimento do crédito e redução da poupança acumulada ao longo da pandemia, surpresas para baixo tendem a depreciar o dólar;
- Produção industrial – China – agosto (quinta 23h)
estimativa: +3,8% (variação interanual)
além de dados da indústria chinesa, serão também divulgados indicadores de investimentos, varejo e taxa de desemprego. Surpresas para baixo tendem a deprimir os preços de commodities e de moedas de países emergentes
O ambiente global continua bastante volátil. De um lado, persiste o temor de desaceleração da atividade econômica global e; de outro, a inflação preocupa e impulsiona o aperto da política monetária em países centrais. De todo modo, o dólar americano segue mostrando força, ora pelo diferencial de juros, ora por ondas de aversão ao risco.
Nos últimos dias, o real voltou a apresentar boa performance relativa. De um lado persistem os fatores estruturais relacionados ao diferencial de juros, melhora do câmbio contratado comercial (redução do diferencial entre contratado e físico do saldo) e diferencial de crescimento. Nesse último, o Brasil mostrou crescimento superior a 4% anualizados no primeiro semestre do ano, contra a forte desaceleração da economia global no mesmo período.
Porém, vetores domésticos seguirão conferindo volatilidade para a moeda no curto prazo como a elevação do risco fiscal, tendo em vista os gastos extras com programas sociais, a tensão entre os poderes executivo e judiciário e a elevação do risco eleitoral, tendo em vista a maior proximidade das eleições.