Minuto Mercado
12/8/2021

NO RADAR LOCAL PESQUISA DE SERVIÇOS, CAMPOS NETO E IR ADIADO
3 minute readDÓLAR ABRE A R$ 5,2204 . Em meio a agenda externa vazia o holofote fica no ambiente interno, com a pesquisa de serviços de junho, a participação do Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, em dois eventos e uma série de balanços. Ontem a votação da reforma do IR foi vetada na Câmara, por outro lado, houve a aprovação da reforma eleitoral sem “distritão”. No exterior, mercado aguarda pelo índice de preços ao produtor (PPI) de julho.
Os futuros de Nova York e as bolsas europeias estão em alta, já Londres e Nasdaq futuro em baixa. Petróleo opera instável e juros dos Treasuries têm alta, à medida que o dólar ganha força ante euro, libra e algumas moedas emergentes ligadas a commodities. No Reino Unido, a produção industrial teve queda de 0,7% em junho ante maio e a economia cresceu 4,8% no 2º trimestre. Na zona do euro, a produção da indústria teve queda de 0,3% em junho na comparação com maio, tudo indica que Banco Central Europeu (BCE) manterá sua política monetária.
Os futuros de Nova York e do petróleo podem limitar o desempenho do Ibovespa, por outro lado os balanços corporativos podem contrabalancear. O dólar tem tomado caminhos diferentes ante outras moedas emergentes e por aqui o adiamento da votação na reforma do IR pode influenciar beneficamente. Nos juros futuros, o fato dos resultados dos indicadores de serviços e vendas no varejo terem sido mais baixos do que o esperado, podem aliviar os juros curtos, mas a expectativa com o leilão de títulos prefixados do Tesouro costuma pressionar os longos. Nem a perspectiva de novas doses de alta da Selic, tampouco a queda do dólar em escala global, conseguiram impedir ontem a moeda americana de operar na contramão do exterior. O risco fiscal voltou a falar mais alto. Na máxima, o dólar tocou R$ 5,2346 e pouco se afastou desta marca até o fechamento, quando registrava alta de 0,47%, a R$ 5,2212. No câmbio futuro, o contrato para setembro subiu 0,74%, cotado a R$ 5,2435.
A nova reforma eleitoral deixa de lado o “distritão”, que era a principal mudança no texto, e retoma as coligações entre partidos. Além da elevação do fundo eleitoral para R$ 5,7 bilhões em 2022, o Congresso articula emplacar mudanças que irão favorecê-los nas eleições do ano que vem: turbinar o Fundo Partidário e retomar a propaganda das legendas no rádio e na TV fora do período eleitoral.