DÓLAR ABRE A R$ 5.1887. O pleito de Bolsonaro para voltar com o voto impresso foi derrotado ontem pela câmara por 229 votos contra 218, o Senado aprovou dois projetos um que cancela a Lei de Segurança Nacional (LSN) e o outro que define crimes contra o Estado Democrático de Direito, como a suspensão das eleições e o uso de fake news nos pleitos. Mesmo sem o aval dos Estados e municípios a Câmara deve votar na proposta da reforma do imposto de renda. As vendas no varejo do País em junho também é destaque no mercado local. Nos EUA, o destaque de hoje vai para o índice de inflação ao consumidor (CPI) de julho.

Os índices futuros das bolsas de Nova York estão sem direção única. A alta dos juros dos Treasuries indica uma queda na busca por proteção antes da inflação de julho do país ser divulgada, que tende a fomentar debates sobre o "tapering" - processo de retirada gradual da acomodação monetária.  O Senado americano aprovou em primeira votação um orçamento de US$ 3,5 trilhões. Os governistas buscam por um pacote amplo para educação, saúde, clima e outros temas. O petróleo tem queda de mais de 1% preocupado com a disseminação da cepa delta de covid-19 no mundo que pode afetar a demanda.

A votação da reforma do Imposto de Renda na Câmara e a proposta incluída na PEC dos precatórios, que encerra com a regra de ouro do Orçamento e permite o endividamento do governo podem pesar no mercado. Para aliviar os impasses dos Estados e municípios, o relator da proposta de reforma do Imposto de Renda, deputado Celso Sabino (PSDB-BA), pode sugerir a redução da alíquota da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL), um imposto cobrado pelo governo federal. Os mercados de câmbio e renda fixa devem acompanhar as vendas no varejo, que tem sinais de desaceleração. O reforço da aposta de alta de 1 ponto da Selic no próximo Copom (setembro) alimentou a expectativa de entrada de capital externo de olho no carry-trade mais atraente e ajudou a aliviar a pressão sobre o câmbio. Diante da perspectiva de atração de fluxo de capitais para arbitragens de juros, o dólar desafiou a alta em escala global e fechou abaixo de R$ 5,20, cotado a R$ 5,1967, em baixa de 0,96%, perto da mínima de R$ 5,1857.

Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, disse que a PEC do voto impresso será arquivada, por não ter tido o mínimo de 308 votos necessários para aprovação, e espera que o governo aceite o resultado e que este assunto esteja concluído.