DÓLAR ABRE A R$ 5.2365. No radar local ata do Copom, IPCA e PEC dos Precatórios. Também fica sob atenção discursos de Bruno Serra Fernandes, diretor de Política Monetária do Banco Central, e do Roberto Campos Neto, presidente do BC e a votação da proposta do voto impresso. No exterior, os mercados acompanham a manifestação de dois dirigentes do Fed e aguardam a votação do pacote de infraestrutura no Senado dos Estados Unidos.

Os futuros de Nova York e as bolsas europeias estão mistas nesta manhã. Hoje o Senado americano deve votar no pacote de infraestrutura que som aproximadamente US$ 1,2 trilhão. Os possíveis impactos da variante delta da covid-19 na economia mundial também seguem no radar. Um pouco mais cedo o euro teve queda em relação ao dólar, ao passo que a Bolsa de Frankfurt perdeu força e opera estável após a publicação do índice de sentimento econômico da Alemanha do instituto Zew para agosto ter queda, o índice foi de 40,4, diante da previsão de analistas de 57,5.

Espera-se por um dia instável no câmbio e Bolsa diante do mercado externo sem direção única. O mercado local anda preocupado com a questão fiscal e ambiente político incerto. Já os juros futuros aguardam pela ata do Copom e IPCA de julho, com possibilidade de alta no curto prazo, sendo que os longos podem seguir pressionados pelos riscos fiscais. O mercado espera ter a resposta na ata do juro neutro que o BC está considerando e o quanto a Selic acima dele pode ficar. O ajuste pode ser menor ao considerar que a correção da Selic foi elevada de 4,25% para 5,25% ao ano e o Copom ter sinalizado que deve repetir o ajuste de 100 pontos-base em setembro. A PEC dos Precatórios, enviada ontem ao Congresso, também fica sob atenção. O IPCA deve apresentar a mais alta taxa para o mês desde 2002, com previsão de analistas de aumento de 0,59%. Ontem o dólar chegou ao patamar de R$ 5,30 na máxima intraday (R$ 5,2989). Mas reduziu o ritmo de alta à tarde, preferindo dar o benefício da dúvida de que o Bolsa Família caberá dentro do teto. A moeda americana fechou em alta de 0,21% (R$ 5,2473). Além do cenário muito turbulento em Brasília, também o tapering à vista nos EUA impede que o dólar responda com maior alívio à nova dose de alta contratada para a Selic.

Bolsonaro deve ser enquadrado em crime de responsabilidade pela comissão, segundo Renan Calheiros (MDB-AL), relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid. Aprovado texto da reforma política e será encaminhado ao plenário da Câmara. O texto ainda não define o modelo de governo que será adotado nas eleições futuras, mas imagina que uma definição deve ser construída até quinta-feira.