Minuto Mercado
09/12/2021

CAUTELA NO EXTERIOR EM MEIO A COPOM CONSERVADOR
3 minute readDÓLAR ABRE R$ 5,5302. Em dia de agenda fraca os olhares se voltam à decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), que elevou novamente a Selic em 1,5 ponto percentual, de 7,75% para 9,25% ao ano. Além da primeira prévia do IGP-M de dezembro e o leilão de LTN, NTN e LFT. Já nos EUA os pedidos semanais de auxílio-desemprego e os estoques no atacado ficam no radar.
As preocupações com a nova variante Ômicron diminuíram, mas ainda há resquícios que influenciam na queda dos futuros de Nova York e deixam as bolsas europeias voláteis. Na Inglaterra, foi anunciado restrições para conter a nova cepa. Um estudo mostrou que a ômicron é 4,2 vezes mais transmissível em seu estágio inicial do que a delta. Hoje a Fitch rebaixou a nota de crédito da Evergrande para "default", após deixar de honrar obrigações financeiras, e rebaixou o rating da Kaisa, que deixou de pagar US$ 400 milhões e teve negociações suspensas na bolsa do território semiautônomo.
Exterior cauteloso deve pesar na Bolsa, assim como o dólar em alta perante outras moedas emergentes pode pressionar o real. Copom mais conservador deixa os juros futuros curtos em alta quando o mercado esperava que o comitê diminuiria o tom por causa da atividade fraca mostrada pelo PIB do 3º trimestre, produção industrial e vendas no varejo. Mercados locais acompanham a estreia das ações do Nubank em NY. Resta saber como o câmbio interpretará o Copom, se pelo lado do fluxo (com o smart money seduzido pela perspectiva da Selic mais alta) ou se pelo viés de estresse, de que o BC não está conduzindo as coisas da maneira como deveria. Dependendo da interpretação que fizer, ou o dólar tem a chance de furar R$ 5,50 ou de romper R$ 5,70. Ontem, a moeda americana acompanhou a queda em escala global e refletiu o alívio com a promulgação de parte da PEC dos precatórios. Terminou em baixa firme de 1,49%, a R$ 5,5348, depois de bater mínima de R$ 5,5267.
O presidente Jair Bolsonaro já está em contato com um “possível vice” e disse que o ideal seria ser um nordestino ou um mineiro ou ainda um general de quatro estrelas. A união entre Sérgio Moro e MBL para 2022 tende para uma possível aliança com o Podemos.