Minuto Mercado
08/08/2022

SEMANA 08/08 a 12/08
4 minute readOs principais acontecimentos da semana que poderão influenciar a cotação do dólar de acordo com nossa consultoria econômica externa:
ü Balança comercial brasileira mensal – parcial agosto (segunda 15h)
dados fortes de exportações e saldo devem colaborar para boa performance do real
ü IPCA – Brasil julho (terça 9h)
estimativa: -0,61% no mês
desoneração de impostos de combustíveis contribuem para deflação do índice;
ü CPI – EUA julho (quarta 9h30)
estimativa: 0,2% no mês
a inflação ao consumidor nos EUA tende a mostrar desaceleração na margem por conta da redução dos preços de gasolina, porém, surpresas para cima, em especial no núcleo, tendem a fortalecer o dólar
ü PMS – Pesquisa de Serviços junho (quinta 9h)
estimativa: 0,7% no mês
setor de serviços no Brasil tende a continuar exibindo boa fase e surpresas para cima tendem a favorecer o real
ü Confiança do consumidor EUA – agosto (sexta 11h)
estimativa: 52
dado deverá mostrar alguma melhora na margem, porém, ainda segue em patamar extremamente baixo para padrões históricos. Merece atenção o dado de expectativas de inflação, caso cedam, podem contribuir para depreciação do dólar.
O ambiente global segue bastante volátil de um lado pelo temor de desaceleração da atividade econômica e de outro pelo aperto da política monetária em países centrais. Os dados robustos do mercado de trabalho nos EUA divulgados na última sexta-feira reduziram o temor de uma recessão nos EUA e acabaram por interromper a trajetória recente de enfraquecimento do dólar.
O Real, por sua vez, continuou exibindo boa performance relativa nos últimos dias até mesmo diante do fortalecimento do dólar. Uma possível explicação para esse melhor resultado do real é o fato de o Brasil se diferenciar do resto do mundo por estar já na fase final de aperto monetário, enquanto os Estados Unidos e os outros países emergentes ainda estão em meio ao processo de alta de juros. O Brasil oferece juros reais mais atrativos que os outros países e pode estar atraindo fluxo para renda fixa, além disso, verificamos também o retorno de recursos para a bolsa brasileira, ainda que modesto.
Porém, vetores domésticos seguem conferindo maior volatilidade para a moeda como a elevação do risco fiscal tendo em vista os gastos extras com programas sociais, o que contribui para tendência de depreciação do real. Ademais, a tensão entre os poderes executivo e judiciário persiste elevada e contribui para elevação do risco político.