Minuto Mercado
08/02/2022

MANHÃ POSITIVA NO EXTERIOR ENQUANTO AGUARDAM PELA ATA DA SELIC
3 minute readDÓLAR ABRE A R$ 5.2641. Destaque da manhã é a ata da reunião do Copom, que elevou a Selic em 1,5 ponto, a 10,75% ao ano. Roberto Campos Neto, presidente do BC, almoça com o ministro da Fazenda, Paulo Guedes na véspera da paralisação de servidores do Banco Central que reivindicam reajuste salarial. No exterior, a balança comercial dos Estados Unidos em dezembro será acompanhada. O chanceler da Alemanha Olaf Scholz está em contato com alguns países para tratar a crise entre Rússia e Ucrânia, ontem se reuniu com o presidente dos EUA, Joe Biden, na Casa Branca, agora é a vez dos presidentes da França, Emmarnuel Macron, e da Polônia, Andrezej Duda. Hoje serão divulgados os balanços trimestrais da Pfizer, América Móvel (controladora da Claro), Bradesco e XP.
Exterior com altas moderadas nas Bolsas europeias e futuros de Nova York. Assim como os Treasuries e o dólar. Balanços trimestrais da petrolífera britânica BP e do banco francês BNP Paribas melhores do que o esperado animam os investidores enquanto esperam, na quinta-feira, pelo índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA em janeiro. Esse indicador dará o tom para o aumento dos juros básicos do país a partir de março. O petróleo continua em queda no mercado futuro esperando pelas negociações do acordo nuclear com o Irã hoje e acompanhando as negociações entre Rússia e o Ocidente sobre a crise na Ucrânia. Ontem, Scholz, chanceler da Alemanha, e Biden ratificaram que sanções severas serão impostas à Rússia caso invada a Ucrânia.
Mercado local digere a ata do Copom que confirmou mais um novo ajuste de 1,50 ponto porcentual, seguido de ajustes menores nas próximas reuniões para tentar conter a inflação. E mesmo com a expectativa de subida de juros nos EUA a partir de março, o diferencial de taxas interno e externo deve continuar bem elevado em relação ao Brasil, podendo ainda ocorrer fluxo de entrada de estrangeiros para carry trade com o real, segundo alguns economistas. No câmbio, o forte alívio do dólar ontem para a faixa de R$ 5,25, que diminuiu o risco no DI, seria incompatível com a tensão da PEC dos combustíveis que circula no Senado e está sendo monitorada pelo mercado. Mas, em primeiro plano, o câmbio segue reagindo ao fluxo. Operadores, segundo Broadcast, relataram ingressos pontuais, em especial para renda fixa, e desmonte parcial de posições compradas em dólar no mercado futuro. O dólar perdeu terreno frente a moedas emergentes, como o peso mexicano (-0,47%) e o rublo (-0,51%), mas ante o real, o movimento foi mais acentuado, com moeda em baixa de 1,26%, cotada a R$ 5,2547, perto do piso intraday. Na mínima, marcou R$ 5,2507 e, na máxima, R$ 5,3229. O dólar futuro para março caiu 1,32%, a R$ 5,2880.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a cobrar o Supremo Tribunal Federal (STF) pelo julgamento da ação do governo federal que prevê a uniformização do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que também compõe os preços dos combustíveis no País. Ontem pela manhã Bolsonaro se reuniu com o ministro Alexandre de Moraes, do STF, e reiterou: "Missão cumprida. Eu converso com todo mundo e busco soluções. Queremos uma coisa só, transparência e segurança (nas eleições)".