DÓLAR ABRE A R$ 5.6407. Nesta semana os destaques vão para a última decisão de juros do Copom do ano, os dados do varejo e inflação, como o IPCA e o IGP-DI de novembro. Para hoje, o investidor espera pela publicação da PEC dos Precatórios no Senado e se haverá espaço fiscal para o Auxílio Brasil. No mercado externo também tem indicadores importantes, como os índices de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos e da China em novembro, além do PIB da zona do euro do terceiro trimestre.

Discurso do principal assessor médico da Casa Branca, Anthony Fauci, afirmar ontem que estudos preliminares indicam que a cepa não tende a causar casos graves da doença, faz as bolsas europeias e os índices futuros de Nova York operarem em alta. Os juros dos Treasuries curtos sobem, enquanto os retornos dos títulos mais longos têm queda. O dólar opera misto, com viês de alta ante principais moedas e queda predominante ante moedas emergentes e ligadas a commodities. Na Ásia, o temor de calote da Evergrande faz as bolsas recuarem, com destaque para a queda de 1,76% em Hong Kong. A incorporadora chinesa informou que não há garantia para honrar obrigações financeiras, após ter sido intimada a pagar US$ 260 milhões em títulos de dívida em dólar.

O mercado local deve ficar de olho na volatilidade no exterior, enquanto aguardam um acordo entre Senado e Câmara em torno da publicação da PEC dos precatórios. Após a aprovação da proposta no Senado, o novo cálculo do teto que abre espaço de R$ 62,2 bilhões no próximo ano já poderá ser publicado pelo Congresso. Porém, o limite no pagamento de precatórios foi alterado. O impasse agora é se a Câmara terá que fazer uma nova votação desse item. O Senado alterou o artigo diminuindo a vigência do subteto de precatórios de 2036 para 2026 e vinculando os recursos ao programa social e despesas com seguridade social. A estratégia foi blindar a vinculação e forçar a Câmara a aprovar a mudança. Na última sexta, o Ibovespa teve ganhos modestos, de 0,58%, aos 105.069,69 pontos, e de 2,78% no acumulado na semana, já o dólar subiu a R$ 5,6798, acumulando ganho semanal de 1,50%. Após divulgação de recessão técnica exibida pelo PIB do terceiro trimestre e da produção industrial de outubro pior que o esperado as taxas de juros tiveram queda. Agora é unânime entre os especialistas que há chances de alta de 1,5 ponto porcentual nas próximas três reuniões do Copom, sendo que para esta semana já ocorra a quinta elevação consecutiva da Selic, de 7,75% para 9,25% ao ano. No câmbio, após Powell declarar guerra à inflação, as expectativas é de que o dólar volte aos R$ 5,70, na sexta-feira fechou perto da máxima do dia (R$ 5,6828), em alta de 0,35%, a R$ 5,6798.

João Doria, atual governador de São Paulo e candidato a Presidente nas próximas eleições, disse em entrevista que acredita que ele e o ex-ministro e ex-juiz Sérgio Moro (Podemos) estarão “no mesmo campo em 2022, mas não necessariamente na mesma candidatura”, e longe dos extremistas. Já o candidato à presidência pelo partido Novo, o cientista político Felipe d’Avila, lançou o movimento do BEM (Brasil em Movimento), que contempla um plano de governo liberal para a economia e redução do tamanho do Estado.