Minuto Mercado
06/8/2021

PAYROLL É AGUARDADO MUNDIALMENTE, ENQUANTO CAUTELA LOCAL POR RISCO FISCAL E CRISE POLÍTICA PREVALECE
2 minute readDÓLAR ABRE A 5.2470. O destaque da agenda de hoje vai para o relatório de emprego dos EUA de julho, o payroll. Por aqui, ficam no radar os riscos fiscais e o ambiente político hostil, devido voto impresso e desentendimento entre os poderes. Ontem o Senado aprovou Refis, programa de renegociação de dívidas para devedores da União, que perdoa multa de até 90%. Precatórios e cumprimento ao teto de gastos também estão sob atenção.
Bolsa da Europa e em NY continuam em alta, enquanto o mundo aguarda pelo payroll. O dólar sobe diante da maioria das moedas. Os juros dos Treasuries e petróleo também tem alta. Esperam um payroll mais robusto que de junho, com criação de 900 mil vagas de trabalho ante 850 mil em junho. Lembrando que recente discurso de Jerome Powell, presidente do Fed, afirma que apesar do crescimento dos postos de trabalho o pleno emprego está longe de ser alcançado.
O dólar mais forte no exterior pode ajudar a manter a moeda americana, que fechou ontem a R$ 5,21 (0,57%), pressionada. Ontem o parecer do projeto do Senado que prevê parcelamento e desconto de 90% no pagamento de dívidas (Refis) opôs a opinião do mercado e do ministro da Economia, Paulo Guedes. A Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado avalia que o teto de gastos sofrerá e muito caso o governo persista na ideia do parcelamento de precatórios. Para o câmbio, não adiantou nada a promessa de fluxo com o comunicado hawkish do Copom, porque o dólar zerou a queda da manhã e virou à tarde, para retomar os R$ 5,21, com a influência da crise política. A impaciência demonstrada por Fux no final da tarde agravou os confrontos institucionais e piorou os negócios na sessão estendida. No câmbio futuro, o dólar para setembro acelerou a alta para 1,60% e fechou a R$ 5,27.
O voto impresso foi derrotado por 23 votos contrários e 11 favoráveis em Comissão Especial da Câmara. Mesmo sido rejeitado pode ser votado no plenário da Câmara na semana que vem. A avaliação é que também não passará pela Câmara. A agenda de Bolsonaro para o fim de semana prevê viagem à Santa Catarina hoje, encontros com empresários, motoqueiros, atiradores, bombeiros e pastores evangélicos.