Minuto Mercado
06/06/2022

SEMANA 06 a 10/06
5 minute readOs principais acontecimentos da semana que poderão influenciar a cotação do dólar de acordo com nossa consultoria econômica externa:
ü CAGED – geração líquidas de vagas de emprego formal – abril (segunda 10h)
estimativa: 174 mil
dados devem mostrar boa recuperação do mercado de trabalho brasileiro e surpresa para cima tende a fortalecer o real;
ü Crédito ao consumidor no EUA – abril (terça 16h)
crédito tende a sustentar a atividade econômica americana, importante verificar se linhas de mais longo prazo já começam a sentir efeito da elevação de juros;
ü IGP-DI – maio (quarta 8h)
estimativa: 0,8% no mês
dado deverá mostrar nova alta dos preços no atacado, o que garante ainda pressões na inflação de bens nos próximos meses.
ü IPCA - maio (quinta 9h)
estimativa: 0,6% no mês
apesar do recuo do índice cheio na margem, a inflação subjacente (núcleos) deverá mostrar aceleração relevante. Se mercado entender que BCB será levado a subir ainda mais a Selic, BRL poderá ter pressão de apreciação.
ü Vendas no Varejo Brasil abril
(sexta 9h)
surpresa para cima com atividade brasileira tende a fortalecer o real;
CPI EUA maio (sexta 9h30): surpresa para cima com inflação americana tende a fortalecer o dólar;
O ambiente global segue bastante volátil dado o temor de desaceleração da atividade econômica e o forte aperto da política monetária em países centrais. Ademais, as tensões da guerra na Ucrânia e lockdowns na China imprimem maior complexidade e incerteza ao cenário.
Porém, ainda assim, continuamos vislumbrando o Brasil em situação relativa mais favorável dentro desse contexto externo desafiador por conta:
1) dos ganhos de termos de troca,
2) da balança comercial robusta;
3) das surpresas positivas com atividade econômica (em momento que mundo desacelera) e
4) juros internos mais elevados e já bastante restritivos.
O fator que pode perturbar essa esperada boa performance relativa do real é a elevação do risco fiscal e de intervenção na Petrobras, tendo em vista que governo tem se mobilizado para reduzir preços dos combustíveis. Caso essa solução implique rompimento das regras fiscais, a moeda brasileira tende a perder performance, contrariando os drivers econômicos.