DÓLAR ABRE A R$ 5.6530. Investidores internacionais ficam de olho no payroll, relatório de emprego dos EUA de novembro, nas vendas no varejo da zona do euro e no resultado do índice de gerentes de compras (PMI) de serviços na Europa, EUA e Brasil. Também tem a produção industrial de outubro na agenda local.

As incertezas referentes à variante Ômicron refletem negativamente nas bolsas mundiais. Na zona do euro, a alta abaixo do esperado das vendas no varejo e nos índices de gerentes de compras do Reino Unido, zona do euro e Alemanha também afetam o desempenho econômico. No aguardo de um payroll mais robusto, com criação de 573 mil vagas de empregos em novembro, diante de 531 mil em outubro, deve reforçar o discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, que a inflação pode levar a instituição a adiantar a retirada de estímulos e puxar o dólar para uma alta até os R$ 5,70.

As projeções de especialistas apostam numa alta de 0,7% na produção industrial, mas não ao ponto de alterar o ajuste de 150 pontos-base da Selic na próxima quarta-feira. As quedas nas bolsas internacionais, deve interferir no mercado local, mesmo após a aprovação da PEC dos Precatórios no Senado ontem dar um ânimo. O dólar mais forte ante a maioria das moedas emergentes e ligadas a commodities pode trazer pressão. Ontem, apesar de ter conseguido resistir em leve baixa (-0,19%), o dólar se manteve acima de R$ 5,65, cotado a R$ 5,6600 no fechamento. No câmbio futuro, o contrato da moeda para janeiro caiu 0,92%, para R$ 5,6780.