Minuto Mercado
03/09/2021

ATENÇÃO VOLTADAS AO PAYROLL E CAMPOS NETO
2 minute readDÓLAR ABRE A R$ 5,1802. Os mercados globais aguardam nesta sexta-feira pelo payroll, relatório de empregos dos Estados Unidos de agosto para dar o tom da recuperação econômica. Após dados apresentarem considerável queda no consumo e desaceleração da atividade manufatureira e de serviços na Europa o discurso de Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu (BCE), passa a ser importante também. Por aqui, participação em distintos eventos de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central (BC), e de Paulo Guedes, ministro da Economia, serão monitorados.
A previsão para o payroll é que 750 mil novo empregos no país foram criados. Este indicador é que guiará a decisão do Federal Reserve de qual o melhor momento para iniciar o tapering, a redução gradual nas compras de bônus. Os futuros de Nova York têm leva alta, depois de S&P 500 e Nasdaq baterem novos recordes ontem. Na China, os indicadores industriais e de serviços tiverem queda, mostrando que houve contração de atividade desde abril de 2020.
A desaceleração chinesa e a espera pelo payroll americano deve refletir nos mercados locais dando o tom de cautela. Aumenta a chances de racionamento de energia elétrica o que pode pressionar a atividade econômica em 2022. Os investidores estão de olho no desenrolar da crise político institucional, com manifestações agendadas para o próximo 7 de setembro, incertezas no campo fiscal, ligadas aos precatórios, no novo Bolsa Família e na reforma do imposto de renda, aprovada pela Câmara, com possibilidade de novos ajustes pelo Senado. No câmbio, o dólar passou o dia todo sintonizado à queda da moeda no exterior, mas parou de cair, quando percebeu que a reforma do IR que estava sendo aprovada em Brasília à tarde poderia agravar a percepção fiscal. O dólar fechou de lado (-0,03%), a R$ 5,1832, depois de oscilar entre R$ 5,1431 e R$ 5,2006.
Bolsonaro afirmou que "ninguém precisa temer o dia 7 de setembro", ponderando discursos de agentes políticos sobre uma possível ruptura institucional nas manifestações em defesa do governo. Disse também que entrará hoje com uma ação direta de inconstitucionalidade no STF por uma possível omissão dos Estados na cobrança de ICMS sobre os combustíveis.