Minuto Mercado

MERCADOS SE RETRAEM AGUARDANDO DIÁLOGO ENTRE RÚSSIA E UCRÂNIA

3 minute read

DÓLAR ABRE A R$ 5.1058. Todos esperam hoje por um possível diálogo entre Ucrânia e Rússia que estava programado para ontem, mas não aconteceu. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, disse que estão prontos para dialogar e pôr um fim na guerra. Após discurso do Fed ontem ter sinalizado altas menores de juros do que se esperava, os mercados aguardam pelo relatório de política monetária que será apresentado hoje ao Senado americano pelo Jerome Powell. A agenda local traz o IPC-S e a balança comercial de fevereiro.

Mercados retraídos aguardando pelo desenrolar da guerra na Ucrânia, com petróleo em alta firme, maioria das bolsas em queda e dólar em alta ante moedas pares e emergentes. O rublo russo tem queda abrupta ante o dólar e há pouco chegava a mais de 14%. Já o euro se fortaleceu diante ao dólar após a publicação dos PMIs de serviços e composto da Alemanha, subirem menos do que inicialmente estimado em fevereiro. A alta do petróleo aumenta a preocupação dos bancos centrais com a inflação. Na Turquia, a inflação foi para 54,44% em fevereiro, o maior nível em 20 anos. Na zona do euro, a inflação ao produtor (PPI) chegou em 30,6% em janeiro, muito acima da previsão. Os mercados temiam que o aumento de juros de março seria bem agressivo, mas ontem Powell acalmou ao dizer que vai propor elevação de juros de 25 pontos-base em março.

As incertezas com a guerra na Ucrânia devem afetar também os mercados domésticos, com o dólar mais forte ante algumas moedas emergentes, como peso mexicano e lira turca, enquanto o sinal negativo dos futuros de Nova York pode influenciar no Ibovespa, ainda que o petróleo em alta possa ajudar as ações da Petrobras e outras petrolíferas. Ficam no radar o leilão de LTN e NTN-F do Tesouro e o IPC-S de fevereiro, que deve desacelerar para 0,32%, segundo a mediana do Projeções Broadcast, após alta de 0,49% em janeiro, mas de acordo com analistas, a percepção de inflação continua. No câmbio, a alta do dólar durou só 1 hora ontem, que subiu até R$ 5,2236 (+1,32%) nos primeiros negócios, refletindo a piora da guerra no leste europeu, mas logo inverteu, com a exuberância do fluxo voltando a falar mais alto. A escalada dos preços das commodities continua representando um convite para o capital especulativo investir no Brasil e ainda reforça o cenário de Selic próxima de 13%, enquanto o Fed pretende ir bem mais devagar. Assim, não demorou para o dólar assumir nesta quarta-feira sua vocação do momento [queda] e voltar à faixa de R$ 5,10, a R$ 5,1073 (-0,94%), perto da mínima do dia (R$ 5,1033). No câmbio futuro, o dólar para abril foi a R$ 5,1450 (-1,29%)

Ontem o Brasil se posicionou contra a guerra na resolução da ONU que condenou os ataques russos à Ucrânia, porém, as falas contraditórias do Presidente preocupam os diplomatas brasileiros.

 

Soluções completas em câmbio para você e para sua empresa.

Transferências Internacionais

Transferências Internacionais

Soluções completas em remessas internacionais para você e para sua empresa. Faça transferências internacionais com segurança e velocidade.

Saiba mais
Soluções em câmbio

Soluções em câmbio

Você pode contar com assessoria e serviços para soluções em câmbio e todo o seu processo de Comércio Exterior.

Saiba mais