DÓLAR ABRE A R$ 5.2672. Após Copom definir a política monetária no Brasil, a quinta-feira traz as decisões do banco Central Europeu (BCE) e do Banco da Inglaterra (BoE). Nos EUA, o Comitê Bancário do Senado entrevista os indicados aos cargos no Federal Reserve. E a divulgação dos balanços continuam e hoje tem o da Amazon e Ford.

Os futuros das bolsas de Nova York recuam sob pressão da queda de quase 20% das ações da Meta (Facebook), após já terem caído 22,89% no after hours em reação ao lucro trimestral menor do que o esperado. As bolsas europeias também estão em baixa, aguardando o BOE e BCE – projeções indicam que o Banco Central Europeu (BCE) pode elevar o juro e o da Inglaterra tende a não alterar sua política nesse momento. O índice de gerentes de compras (PMI) composto da zona do euro teve queda e chegou em 52,3 em janeiro ficando abaixo da previsão. A inflação ao produtor (PPI) da zona do euro acelerou 26,2% em dezembro de 2021, na comparação anual, de 23,7% em novembro. Os PMIs do Reino Unido acima do esperado fizeram que a libra perdesse força diante ao dólar. Após o ministro de Petróleo do Irã afirmar que o país "está pronto para ampliar sua oferta ao mercado o mais rápido possível", o petróleo teve uma leve queda.

Ontem o Copom foi literal quanto a "redução do ritmo de ajuste da taxa básica de juros”, agora os investidores começam a analisar quando o ciclo de aperto monetário deve acabar. O Copom elevou a Selic em 150 pontos-base, para 10,75%, como já era esperado pelo mercado e o juro mais alto deve continuar atraindo fluxo de estrangeiros, favorecendo o real e o Ibovespa. No entanto, o exterior caminha na mão contrária, com a queda das bolsas internacionais e o dólar mais alto ante outras moedas emergentes e ligadas a commodities. Ontem, o dólar até chegou a ensaiar um alta mais firme na máxima intraday (+0,79%), acima de R$ 5,30 (R$ 5,3145). Mas já na segunda metade do pregão zerou praticamente toda a pressão (+0,07%), a R$ 5,2763. A mínima ficou em R$ 5,2567. O dólar futuro para março fechou estável (-0,08%), a R$ 5,2970.

A estratégia do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para ter o ex-governador Geraldo Alckmin como candidato a vice na disputa das próximas eleições inclui um ministério. Tudo indica que será a pasta da Agricultura, tanto é que Alckmin já começou a trabalhar para diminuir resistências a Lula no agronegócio. Empresários começam a questionar à falta de clareza e de profundidade sobre temas econômicos na pré-candidatura do presidenciável Sérgio Moro (Podemos).