Minuto Mercado
03/01/2022

EXTERIOR INICIA O ANO POSITIVO E O FISCAL DEVE LIMITAR O LOCAL
2 minute readDÓLAR ABRE A R$ 5.5697. O ano inicia com a atividade na China, payroll, ata do Fed, bem como a reunião da Opep+ para definir seus planos de produção que acontecerá amanhã. Por aqui, a balança comercial de dezembro e de 2021 deve mostrar bons resultados. Os dados de inflação (IPC-S, IPC-Fipe e IGP-DI) e incertezas fiscais também ficam no radar.
Os mercados externos começam o ano novo positivos, mesmo com o avanço da variante ômicron do coronavírus, que tem levado ao cancelamento de milhares de voos nos EUA e no mundo. Apesar de todo o medo, espera que o payroll americano de dezembro venha forte, reforçando a intenção do Fed de começar a subir os juros este ano e seguir elevando o ritmo de retirada do tapering. As bolsas europeias podem ter baixa liquidez, devido ao feriado no Reino Unido. Na Ásia, as bolsas fecharam mistas.
No Brasil as incertezas, principalmente no fiscal, continuam, mas o exterior positivo deve incentivar o investidor local. Em período de eleição, governo já inicia o ano anunciando uma série de medidas adotadas, como isenção de IPI a taxistas, entre outras. Essas incertezas no âmbito fiscal devem provocar instabilidade aos negócios, que já sofreram ao longo de 2021, com o Ibovespa terminando o ano com a maior queda (-11,93%) desde 2015, o dólar ante o real encerrando com a valorização superior a 7% e os juros disparando. Contudo, a expectativa de um superávit comercial robusto em dezembro e de 2021 pode dar algum alívio. O dólar voltou a R$ 5,57 no último pregão do ano, dia 30. A moeda americana começou o pregão testando os R$ 5,70 (máxima de R$ 5,7010), mas zerou toda a pressão, para entrar em um canal firme de alívio. A surpresa positiva das contas do setor público virou o humor nos negócios.
Após férias em Santa Catarina, presidente Jair Bolsonaro apresentou dores abdominais e deu entrada na madrugada desta segunda-feira no hospital Vila Nova Star, em São Paulo. Após governo brasileiro negar ajuda da Argentina na tragédia no sul da Bahia, provocada pelas chuvas, o jornal Clarín publicou uma reportagem no sábado (1) dizendo que Bolsonaro está desgastado e com um grande desafio nas urnas este ano.