Minuto Mercado

SEMANA 01/08 a 05/08

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Os principais acontecimentos da semana que poderão influenciar a cotação do dólar de acordo com nossa consultoria econômica externa:

  • Balança comercial brasileira mensal - julho (segunda 15h)
    estimativa: saldo de US$ 7 bilhões no mês
    dados fortes de exportações e saldo devem colaborar para boa performance do real

  • Produção industrial – Brasil junho (terça 9h)
    estimativa: -0,4% no mês
    após meses de boa performance, a indústria deverá mostrar recuo modesto, porém surpresas para cima tendem a favorecer o real

  • Decisão de taxa de juros Brasil (quarta 18h30)
    estimativa: 13,75% no mês
    o Copom deverá elevar a taxa de juros em 50 pontos e sinalizar interrupção do ciclo de aperto monetário usando o argumento da defasagem de política monetária

  • Decisão de taxa de juros Inglaterra (quinta 8h)
    estimativa: 1,75% no mês
    o BOE deverá elevar a taxa de juros em 50 pontos e sinalizar a continuidade do ciclo de aperto monetário a fim de recuperar a estabilidade de preços

  • Relatório de emprego EUA – julho (sexta 9h30)
    estimativa: criação de 250 mil vagas
    mercado de trabalho americano tende a continuar mostrando resiliência

O ambiente global segue bastante volátil dado o temor de desaceleração da atividade econômica e aperto da política monetária em países centrais. O temor de uma recessão nos EUA acabou influenciando o FED para um tom menos conservador na política monetária, o que por sua vez, enfraqueceu o dólar e gerou forte aumento do apetite por risco nos mercados globais, o que favoreceu moedas de mercados emergentes, commodities e ações.

O real se beneficiou nos últimos dias da depreciação do dólar, alta de commodities e do maior apetite por risco no cenário global. Adicionalmente, a performance relativa da moeda brasileira foi positiva de um lado, pelo fato de sermos um mercado emergente de maior liquidez; e de outro, por possíveis entradas mais pontuais de fluxo cambial e retorno do investidor estrangeiro para bolsa brasileira (ainda que modestamente).

Porém, vetores domésticos seguem conferindo maior volatilidade para a moeda como a elevação do risco fiscal tendo em vista os gastos extras com programas sociais contribui para tendência de depreciação do real.
Ademais, a tensão entre os poderes executivo e judiciário persiste e contribui para elevação do risco político.