Minuto Mercado
01/08/2022

SEMANA 01/08 a 05/08
3 minute readOs principais acontecimentos da semana que poderão influenciar a cotação do dólar de acordo com nossa consultoria econômica externa:
- Balança comercial brasileira mensal - julho (segunda 15h)
estimativa: saldo de US$ 7 bilhões no mês
dados fortes de exportações e saldo devem colaborar para boa performance do real
- Produção industrial – Brasil junho (terça 9h)
estimativa: -0,4% no mês
após meses de boa performance, a indústria deverá mostrar recuo modesto, porém surpresas para cima tendem a favorecer o real
- Decisão de taxa de juros Brasil (quarta 18h30)
estimativa: 13,75% no mês
o Copom deverá elevar a taxa de juros em 50 pontos e sinalizar interrupção do ciclo de aperto monetário usando o argumento da defasagem de política monetária
- Decisão de taxa de juros Inglaterra (quinta 8h)
estimativa: 1,75% no mês
o BOE deverá elevar a taxa de juros em 50 pontos e sinalizar a continuidade do ciclo de aperto monetário a fim de recuperar a estabilidade de preços
- Relatório de emprego EUA – julho (sexta 9h30)
estimativa: criação de 250 mil vagas
mercado de trabalho americano tende a continuar mostrando resiliência
O ambiente global segue bastante volátil dado o temor de desaceleração da atividade econômica e aperto da política monetária em países centrais. O temor de uma recessão nos EUA acabou influenciando o FED para um tom menos conservador na política monetária, o que por sua vez, enfraqueceu o dólar e gerou forte aumento do apetite por risco nos mercados globais, o que favoreceu moedas de mercados emergentes, commodities e ações.
O real se beneficiou nos últimos dias da depreciação do dólar, alta de commodities e do maior apetite por risco no cenário global. Adicionalmente, a performance relativa da moeda brasileira foi positiva de um lado, pelo fato de sermos um mercado emergente de maior liquidez; e de outro, por possíveis entradas mais pontuais de fluxo cambial e retorno do investidor estrangeiro para bolsa brasileira (ainda que modestamente).
Porém, vetores domésticos seguem conferindo maior volatilidade para a moeda como a elevação do risco fiscal tendo em vista os gastos extras com programas sociais contribui para tendência de depreciação do real. Ademais, a tensão entre os poderes executivo e judiciário persiste e contribui para elevação do risco político.